Apesar da boa expectativa, a Black Friday deste ano desapontou um pouco o comércio varejista apresentando pouca variação em comparação ao ano anterior. De acordo com dados da VarejOnline, o tíquete médio de compras diminui 0,49% em relação a 2022. Já a quantidade de vendas demonstrou uma queda de 2,13% em comparação com o mesmo período.
A pesquisa também apontou que o Pix foi o principal meio de pagamento utilizado pelos consumidores, com aumento de 134% nas compras.
Apesar de o resultado não ser tão favorável para o comércio, o varejo se prepara para o Natal, que poderá ser impulsionado pela injeção do 13º na economia.
Vários estudos indicam um declínio nas vendas da Black Friday deste ano em comparação a 2022, se tornando a segunda edição mais fraca desde que passou a fazer parte do calendário comercial do Brasil, em 2010. Por outro lado, uma pesquisa da IZIO&Co, principal plataforma de ativação varejista do Brasil, revelou que diversos supermercados superaram as suas projeções em meio às adversidades do período. Envolvendo 51 varejos do setor alimentício e mais de 301 mil shoppers, o levantamento destacou um desempenho forte em diversas categorias, como a de bebidas destiladas, que cresceu 41,5% em relação ao ano passado.
Logo em seguida, os itens de cama, mesa e banho também obtiveram uma demanda expressiva, com aumento de 35%. Por fim, o grupo de folhagens e hortifruti congelados foram outros dos responsáveis pelas boas conversões nas marcas pesquisadas nos supermercados durante a data, com crescimento de 33,3% e 27,9%, respectivamente.
Ao todo, a análise contemplou 580 lojas, que realizaram mais de 806 mil transações.
Por outro lado, de acordo com dados da pesquisa Índices de Performance do Varejo (IPV), organizada pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o fluxo de visitantes em lojas físicas cresceu na semana encerrada na Black Friday de 2023, em comparação com o ano anterior. Os estabelecimentos localizados nas ruas contaram com alta de 10,5%, enquanto os de shopping centers aumentaram em 6%.
Já em relação à semana encerrada na primeira sexta-feira de novembro, a Black Friday apresentou aumento de 50,5% e 28% para lojistas de rua e shoppings, respectivamente. Percentuais maiores que os registrados em 2022: 46% e 28%.
O evento deste ano também apresentou alta generalizada no fluxo entre os setores, na comparação com o ano passado. O destaque fica para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (38%), setor que recorrentemente se sobressai nos relatórios mensais. Já o segmento com menor desempenho foi o de tecidos, vestuário e calçados (5%), que perdeu apenas para a categoria de móveis e eletrodomésticos (6%).
No que diz respeito ao volume de vendas, tanto lojas de rua quanto de shoppings também apresentaram alta na Black Friday de 2023 em relação a de 2022, com crescimento de 14% e 11%, respectivamente. Já o faturamento nominal teve variação de 30% e 15%, para lojas de rua e shoppings centers. O tíquete médio nominal, por sua vez, subiu 14,5% e 4%.
Setorialmente, outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou o melhor desempenho em quantidade de boletos emitidos, com 21%, ficando em segunda posição para faturamento nominal (17%), atrás de móveis e eletrodomésticos (31%).
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