Após dois anos de movimentação morna, a Black Friday deste ano (que acontece em 29 de novembro) promete transformações significativas, com previsão de um aumento de 10% no faturamento total – movimentando até R$ 7,6 bilhões – e um crescimento de 14% no número de pedidos. Essas tendências foram reveladas em estudo conduzido pelas empresas do Grupo Stefanini.
Embora o volume de vendas esteja aumentando, os dados mostram que o tíquete médio deve cair 4%. Isso sugere que, apesar de as pessoas continuarem comprando, elas gastarão menos por transação em comparação com os anos anteriores, refletindo cautela dos consumidores e exigindo, dos varejistas, estratégias de vendas mais elaboradas.
Já levantamento foi realizado pelo Centro de Estudos em Marketing Digital (CEMD) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), utilizando o software Buzzmonitor, o termo “Black Friday” já gerou mais de 49 mil menções nas redes sociais, nos últimos sete dias, desde 29 de outubro.
Segundo o estudo, eEntre os itens mais buscados, por categorias de produtos, as geladeiras lideram as buscas, seguidas por ventiladores, iPhones, TVs e tênis.
A coordenadora do FGV/CEMD, Lilian Carvalho, destaca que o cenário econômico brasileiro em 2024 apresenta sinais de recuperação e otimismo, impulsionado, em parte, pelo pagamento do 13º salário, que aumenta o poder de compra dos consumidores. Itens de luxo, por outro lado, não estão no topo das listas de desejos, indicando que, embora o momento seja positivo, a busca por estabilidade e funcionalidade ainda guia as decisões de compra durante este importante evento do varejo.
“Mesmo com essa melhora, a Black Friday deste ano revela uma tendência clara: os consumidores estão priorizando a compra de itens essenciais para o lar, como geladeiras e TVs, além de produtos de uso diário, como ventiladores e tênis. Isso reflete uma cautela ainda presente entre os brasileiros, que, apesar das condições econômicas favoráveis, preferem investir em produtos que ofereçam utilidade prática e imediata”, afirma Lilian Carvalho.
O Instagram se destaca como a plataforma com maior volume de menções, concentrando 87% das interações e, segundo a análise, a maioria das discussões é liderada por mulheres (71%).
“Surpreendentemente, 97% dos posts possuem um sentimento positivo, indicando um otimismo generalizado em relação ao evento, diferentemente do observado em anos anteriores, em que os consumidores se mostravam receosos quanto a real vantagem em aproveitar as promoções”, avalia a coordenadora do CEMD.
Em relação ao engajamento de grandes redes varejistas nas redes sociais, a Havan se destaca no Instagram, ocupando as três primeiras posições com mais de 57 mil interações. No Facebook, as marcas mais engajadas até o momento são, em ordem, Havan, Leroy Merlin, Pernambucanas e Magazine Luiza. Já no X/Twitter, a Americanas lidera em interações.
Somente em outubro, o termo Black Friday teve mais de 380 mil buscas no Google. As marcas mais buscadas pelos consumidores incluem, nessa ordem: Vivara, Casas Bahia, Amazon, Americanas, Boticário, Magalu, Mercado Livre, Claro, Kabum, Decolar, Natura, TIM, Sephora, Azul e CVC.
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