Bloqueios de golpes virtuais financeiros cresceram 100% em fevereiro

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Código binário (Foto: Carsten Mueller/Freeimages)
Código binário (Foto: Carsten Mueller/Freeimages)

Em fevereiro deste ano, estudo da PSafe registrou aumento de 100% de tentativas de golpes virtuais financeiros em relação ao mês anterior, no Brasil. Apesar de ser o mês mais curto do ano, com 28 dias, no mês de fevereiro foram registrados mais de um milhão de bloqueios deste tipo de golpe. O número é 100% superior ao registrado em janeiro, quando foram contabilizadas pouco mais de 510 mil tentativas.

“No mês de fevereiro registramos o correspondente a uma média de quase 36 mil bloqueios por dia e 25 tentativas de golpes financeiros por segundo no Brasil. O número impressiona também porque, se compararmos com fevereiro de 2021, houve o mesmo crescimento, de 100%, quando foram registrados cerca de 529 mil bloqueios”, enfatiza o executivo-chefe de segurança da PSafe, Emilio Simoni.

Em 2021, o phishing bancário foi o terceiro principal tema mais explorado por cibercriminosos em golpes de phishing no Brasil, com mais de 4.5 milhões de detecções, ficando atrás apenas de phishing genérico e falsas premiações.

“Um dos motivos para esse crescimento pode ser que temos notado um aumento em phishing oferecendo PIX temáticos, como Carnaval, e também por causa do Valores a Receber, do Banco Central. Até a primeira quinzena de março, já havíamos identificado mais de 20 sites utilizando o nome do Valores a Receber para aplicarem golpes, sendo que um deles já teria feito mais de 664 mil vítimas, segundo nossa projeção”, destaca Emilio Simoni.

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A projeção foi feita com base na população Android no país, que seria de 131,1 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já segundo a pesquisa Webshoppers da NielsenIQ|Ebit e Bexs Pay, 68% das pessoas adquiriram produtos importados no último ano e 71% pretendem continuar comprando em 2022. Para mais da metade dos consumidores (63%), o maior atrativo são os preços mais baixos. Mesmo com o dólar alto, fazer compras em sites estrangeiros foi um jeito de economizar para muitos brasileiros em 2021.

De acordo com a pesquisa, estima-se que as compras cross-border, como são chamadas as transações online internacionais, movimentaram R$ 36,2 bilhões em 2021, uma alta de 60% contra o aumento de 32% do comércio eletrônico geral (que inclui as compras no mercado nacional). O segmento agora representa 17% do faturamento geral e parte desse crescimento pode ser explicado por uma maior integração de métodos de pagamento locais em comércios eletrônicos estrangeiros.

No último ano, consumidores declaram que as categorias mais compradas foram moda (38%), eletrônicos (36%) e casa e decoração (24%). E as intenções de compra de 2022 devem seguir tendência semelhante: 48% pretendem comprar eletrônicos, 45% produtos de moda e acessórios, e 35% itens de informática. Um dos fatores que tem melhorado a relação do consumidor brasileiro com as compras internacionais é a diminuição no prazo de entrega. Hoje, a média de espera é de 28 dias – prazo que já foi de 42 dias, em 2019.

Chama a atenção ainda o crescimento de plataformas que rapidamente caíram no gosto do brasileiro. Em 2021, 56% compraram por meio da Shopee (eram 8% em 2020) e 21% por meio da Shein (praticamente inexistente no Brasil até então). Já Aliexpress e Amazon, conhecidas há mais tempo, foram acessadas por 44% dos consumidores (ante 52% e 49% em 2020, respectivamente).

A Black Friday também tem atraído as intenções de compra dos brasileiros em sites estrangeiros. Motivados principalmente pelas promoções (80%) e pelo frete grátis (44%), 43% dos entrevistados afirmaram ter feito compras na data. Há ainda a procura por produtos não disponíveis no Brasil, que motivou 24% dos consumidores a comprar em sites estrangeiros. Cada pessoa entrevistada fez, em média, 3,5 compras, com tíquete médio de R$ 316. Considerando as aquisições realizadas entre 20 e 29 de novembro, o faturamento do varejo eletrônico cross-border chegou a R$ 965 milhões, com mais de 6 milhões de pedidos efetuados.

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