BNDES: R$ 941,6 mi para São Martinho investir em usinas

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Sede do BNDES no Rio
Sede do BNDES no Rio (foto de Miguel Angelo/CNI)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) destinará R$ 941,6 milhões ao grupo São Martinho para geração de energia. Valor representa 79% do investimento total, que soma R$ 1,2 bilhão. A previsão é de que os projetos sejam integralmente implementados até 2026.

O Grupo São Martinho, com sede em Paradópolis (SP), atua no setor sucroenergético e tem como atividades econômicas principais o plantio da cana-de-açúcar, a produção e o comércio de açúcar, etanol e outros derivados, além da cogeração e comercialização de energia elétrica gerada a partir da cana. A empresa tem capital aberto e começou a negociar suas ações na Bovespa, atual B3, em 2007 e atua no Novo Mercado, do qual fazem parte empresas do mais alto grau de governança corporativa. Emprega atualmente 12.500 funcionários.

O projeto permitirá a expansão de 22% da cogeração de energia da Usina São Martinho, que conta com mais duas UTEs. A energia gerada pela usina suprirá ainda a demanda de consumo das demais usinas do complexo. Serão também realizados investimentos em inovação que trarão ganhos de eficiência em processos produtivos nas usinas Santa Cruz e Iracema, em Américo Brasiliense (SP) e Iracemápolis (SP).

Agenda ASG

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Segundo o banco de fomento, as iniciativas estão alinhadas à atuação do BNDES no financiamento de empreendimentos da agenda ASG (Ambiental, Social e de Governança). “O apoio aos projetos da São Martinho vem ao encontro de demandas da sociedade brasileira como descarbonização da economia, cuidado com o meio ambiente e incentivo à melhoria de produtividade por meio da inovação, aliadas à geração de emprego e renda a partir das atividades produtivas do setor sucroenergético”, destacou Petrônio Cançado, diretor de Crédito e Garantias do Banco.

Resultados

Em setembro de 2020, o Grupo São Martinho reportou lucro líquido de R$ 115,706 milhões no primeiro trimestre do ano-safra 2020/21, encerrado em 30 junho. O resultado representa alta de 26,5% ante o registrado em igual período da temporada 2019/20, de R$ 91,463 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia sucroenergética subiu 41,1% na mesma base de comparação, para R$ 491,443 milhões. A receita líquida alcançou R$ 1,024 bilhão no primeiro trimestre da safra, alta anual de 35,8%. O lucro caixa ficou em R$ 148 milhões no trimestre, 122,5% superior ao verificado no mesmo período da temporada passada.

A dívida líquida consolidada subiu 15,1% entre abril e junho de 2020 na comparação interanual, para R$ 2,941 bilhões. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, passou de 1,61 vez para 1,47 vez na mesma compara

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