A Odontoprev divulgou o resultado do terceiro trimestre nesta última quinta-feira, dia 3 de novembro de 2011, após o encerramento do mercado.
A Odontoprev divulgou um lucro líquido R$ 41,5 milhões, 18,5% acima da nossa estimativa e 5% superior ao apresentado no 3T10. O Ebitda Ajustado por despesas com aquisições (R$ 3,7 milhões) foi de R$ 45,6 milhões, 7,8% abaixo do estimado e 26,4% acima do apresentado no 3T10. Classificamos como destaques positivos os crescimentos no número de beneficiários e no tíquete médio (R$/vida) e como destaque negativo, a elevação no índice de sinistralidade.
A receita líquida atingiu R$ 214,7 milhões, em linha com a nossa estimativa e 22,8% maior que a apresentada no 3T10. A evolução da receita na comparação com o 3T10 reflete o crescimento de 19,4% no número de beneficiários, que desta forma atingiu um total de 5,4 milhões, somado a elevação de 2,4% no ticket médio, que atingiu R$ 13,91/vida. De acordo com a empresa o aumento do ticket médio reflete a renegociação de contratos corporativos e o crescimento da carteira de Pequenas e Médias Empresas (PME).
O índice de sinistralidade, que ficou situado em 51,4%, apresentou uma deterioração de 3,4 pontos percentuais em relação ao 2T11 e de 2,2 pontos percentuais em relação ao índice apresentado no 3T10. Em contrapartida, os índices de comercialização e de despesas gerais e administrativas ficaram praticamente estáveis em relação ao trimestre anterior e apresentaram uma evolução de 0,5 ponto percentual em relação ao 3T10.
A despeito da deterioração percebida na margem Ebitda, o crescimento percebido no lucro líquido pode ser atribuído a menor alíquota efetiva de Imposto de Renda.
Classificamos o resultado como negativo por conta da deterioração percebida no índice de sinistralidade. A preocupação advém do fato que a tese de investimento da ODPV considera um cenário de crescimento e melhora das margens constante no médio prazo.
