BolePix: cobranças passam a unir a praticidade dos boletos com a rapidez do Pix

Nova forma de pagar faturas deve se consolidar em 2024; Pix e bancos digitais contribuem para a inclusão financeira no Brasil

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Pix (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Pix (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Em 2023, o Pix alcançou o recorde de R$ 15,3 trilhões movimentados. A expectativa para 2024 é de que esse marco seja ultrapassado porque, além do Pix Automático, que deve funcionar a partir de outubro, o BolePix também deve se consolidar nos próximos meses. Embora ainda represente uma pequena parcela no total de cobranças, ele vem se tornando familiar nas contas de serviços, como água, luz, internet e telefone.

Além da rapidez, o BolePix promove uma significativa redução de custos. As taxas de emissão e processamento, frequentemente associadas aos boletos tradicionais, podem ser minimizadas ou até mesmo eliminadas com o uso do Pix, dependendo da instituição financeira escolhida, tornando os pagamentos mais econômicos para os emissores.

Dados recentes do Banco Central apontam que o Pix mesmo foi responsável por trazer cerca de 71 milhões de brasileiros para essa realidade. Já um outro levantamento, conduzido pela Nubank e Mastercard, mostra que 70% da população possui cartão, seja de débito ou de crédito.

De acordo com Nathan Marion, gerente geral da Yuno, orquestradora global de pagamentos, a praticidade e a ausência de taxas do Pix fizeram com que ele se tornasse um dos métodos de pagamentos mais utilizados do país. “Só em 2023, de acordo com o Banco Central, o Pix movimentou R$ 17,18 trilhões, devendo atingir 35% de todas as transações do comércio eletrônico até 2026, segundo a Worldpay”, aponta o profissional.

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O executivo argumenta que muitas pessoas que não têm acesso a serviços bancários acabam vendo no Pix a melhor forma de se fazer transações. “Segundo o Banco Central, os estados que possuem menos agências bancárias físicas são os que mais utilizam esse método de pagamento. Para termos uma ideia, durante o ano de 2022, Amazonas e Amapá tiveram o maior número de transações por usuário, com 26 e 24, respectivamente. No entanto, São Paulo registra 19, seguido pelo Rio de Janeiro com 18”.

Nathan complementa que o comércio também tem enxergado as comodidades trazidas pelo Pix e incentivado o seu uso, o que ajuda a incluir ainda mais pessoas.

“É muito comum que os varejistas ofereçam descontos especiais e promoções para quem opta por esse método de pagamento, já que ele tem taxas reduzidas para a loja e nenhum custo para o usuário. Assim, mais cidadãos utilizam a ferramenta” explica.

Os bancos digitais, também responsáveis por esse aumento na inclusão financeira, também têm sido protagonistas neste processo. De acordo com pesquisa recente realizada pela DataFolha, 14% dos brasileiros possuem contas somente nesses estabelecimentos, um crescimento de 9% se comparado ao ano anterior. Essa modalidade oferece mais comodidades aos usuários, já que existem menos burocracias na abertura de contas e na concessão de crédito.

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