Bolívia tem greve geral e bloqueios para garantir eleições

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A Bolívia completou nesta quarta 10 dias de bloqueio em rodovias. A greve geral convocada pela Central Operária Boliviana (COB) e as organizações sociais exigem a manutenção do calendário eleitoral, adiado pela terceira vez. A justificativa para o adiamento é a pandemia.

As manifestações têm à frente o MAS, partido de Evo Morales, deposto em golpe que teve participação decisiva da Organização dos Estados Americanos (OEA) ao endossar acusações de fraude eleitoral, que depois se comprovou que eram mentirosas.

A presidente interina Jeanine Áñez, que assumiu o poder com legitimidade questionada, prometera convocar novas eleições, mas vem adiando alegando a crise na saúde. O processo foi primeiramente adiado de 3 de maio para 6 de setembro, e agora para 18 de outubro. Os militantes planejam uma marcha até a capital La Paz para pressionar as autoridades.

O comandante das Forças Armadas, general Sergio Carlos Orellana, assegurou que não seriam enviados soldados às ruas sem que se cumprissem as prerrogativas constitucionais. Ele sinalizou que Áñez deverá emitir um decreto supremo, como em novembro de 2019, anistiando previamente os militares que ajam violentamente para irromper os protestos.

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Com média de mil contágios diários, a Bolívia registra 93.328 infectados e 3.761 mortos pela Covid-19, ocupando a oitava posição no ranking da América Latina. No entanto, suspeita-se de alta subnotificação.

O Movimento Ao Socialismo Instrumento Político dos Povos (MAS-IPSP) é favorito, segundo as pesquisas de opinião realizadas em junho, liderando com 20% a 30% as intenções de voto, com os candidatos Luis Arce e David Choquehuanca. Em segundo lugar, está o ex-presidente Carlos Mesa, do partido Comunidad Ciudadana, com 20% a 25%; em terceiro, aparece Jeanine Áñez com 9% a 12% da preferência.

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