Bolsa em queda com o recuo em quase 50% da Usiminas

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Investimentos. Foto: divulgação
Investimentos (foto divulgação)

Nesta quarta-feira, o Ibovespa seguiu um movimento contrário às principais bolsas europeias, que refletiram a fala do presidente do Banco Central da Alemanha de que será contrário a qualquer aumento precipitado das taxas de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). Às 16h o índice brasileiro apresentava queda de 0,84%. No fechamento o índice recuou para 0,62% de queda. “O recuo foi protagonizado pelas ações da Usiminas (USIM5), com uma retração de 6,87% no pregão de hoje e pela Vale (VALE3), com performance negativa em 2,95%”, reportou Rob Correa, analista de investimentos CNPI.

Segundo ele, o recuo dos papéis da Usiminas deriva da divulgação de que seu lucro recuou 49% no último trimestre em razão da valorização do real em março, ficando em R$ 7,84 bilhões, valor abaixo da meta de R$ 7,90 bilhões. Além disso, a companhia anunciou uma queda de sua produção de 29,6%. O motivo para a má performance da Vale pelo quarto pregão consecutivo se deve ao recuo do preço do minério de ferro em 2,6% após o anúncio do corte da produção de aço por parte da China.

“Observamos ainda um tom de queda acentuada do dólar, que está sendo negociado a R$ 4,62, em uma queda de 1% que se deve em parte a um movimento de cautela do investidor em um dia precedente ao feriado (de Tiradentes). A retração do dólar reflete ainda, na minha avaliação, os reflexos das tensões com relação aos próximos movimentos do Fed, banco central dos EUA”, disse Correa.

Para ele, o tom cauteloso do fechamento desta quarta-feira, que fez a bolsa retroceder aos 114 mil pontos, é resultado de uma fragilidade das principais ações que compõem o índice, como grandes mineradoras, frente a um contexto internacional turvo tendo em vista o conflito russo-ucraniano e o lockdown que atinge as cidades que abrigam principais portos chineses. “Além disso, podemos creditar a performance empobrecida do Ibovespa ao receio do mercado quanto ao fim do ciclo de alta de juros brasileiros, que afetará significativamente o influxo de capital estrangeiro no país, refletindo em uma instabilidade cambial”, avaliou.

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