O general da reserva Joaquim Silva e Luna será o novo presidente da Petrobras, em substituição a Roberto Castello Branco. O anúncio foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro em rede social após dias de embate com a direção da estatal em torno do reajuste dos preços dos combustíveis.
Na quinta-feira, Bolsonaro afirmou que iria eliminar os impostos e contribuições federais sobre diesel, gasolina e gás de cozinha e criticou reajustes de 10% a 15% que havia sido anunciado pela Petrobras.
Nas negociações desta sexta-feira na Bolsa de Valores, as ações da estatal tiveram queda de 6,63% (preferenciais) e 7,92% (ordinárias), devido às declarações do presidente no dia anterior. A Petrobras perdeu R$ 28,2 bilhões em valor de mercado.
A política de reajustes de preços adotada pela estatal após a deposição da presidente Dilma Rousseff sofre muitas críticas, por acompanhar os valores cobrados no mercado internacional, inclusive frete, como se o petróleo fosse importado. Com a alta do dólar, o quadro piorou.
O resultado é que a gasolina acumula este ano aumento de 34%, e o diesel, de 27%. A elevação motivou protestos de caminhoneiros, que chegaram a convocar uma paralisação geral no início do mês.
Silva e Luna foi o primeiro militar a ocupar o posto de ministro da Defesa, ainda no Governo Temer. Em 2019, assumiu a presidência da usina binacional de Itaipu.
Os aumentos de preços não parecem ter sido os únicos responsáveis pela troca na Petrobras. Parlamentares do Centrão pressionam por cargos na estatal.
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