‘Bolsonaro deve ser responsabilizado por sabotar combate à pandemia’

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Glauber Braga, PSoL (Foto: Agência Câmara)
Glauber Braga, PSoL (Foto: Agência Câmara)

“Bolsonaro precisa ser responsabilizado. Ele organizou uma política de morte para aglutinar sua base de apoio de extrema direita e em nome disso tocou um processo de boicote a um conjunto de medidas que podia ter salvo as vidas de centenas de milhares de pessoas. E teve gente que para lucrar, agradar a Presidência da República e se articular em conjunto com Bolsonaro ou deu respaldo, ou ajudou a tocar medidas de sabotagem ao combate à pandemia semelhantes às adotadas pelo Governo Federal, como é o caso da Prevent Sênior”. A opinião é do deputado federal Glauber Braga (PSoL-RJ), pré-candidato à Presidência da República pelo partido, em entrevista ao portal Correio da Cidadania.

Segundo o parlamentar, “a responsabilização é necessária mas é evidente que, com mais de 70 indiciados, agora é tarefa de cada um dar todas as informações em um processo com ampla defesa, contraditório, onde as pessoas possam ter a capacidade de se manifestar sobre essa política de morte de Bolsonaro, ou não, no caso dos que considerem não ter participado disso.”

Para Glauber Braga, “a maioria da população vê todos esses acontecimentos, como os escândalos da Prevent Senior, da negociação paralela de vacinas e assim por diante, como um horror. Tanto é que a rejeição ao Bolsonaro, hoje, e segundo diversos institutos de pesquisa, passa dos 60%. Na minha avaliação é um efeito direto também daquilo que foi a forma de administração da pandemia com a implementação dessa política de morte. Considero que a maioria da população assistiu e passou por isso completamente horrorizada. Considero necessário o impeachment de Bolsonaro. Cada dia que ele permanece na cadeira de presidente da República é um perigo a mais em relação as ameaças permanentes que ele faz de fechamento de regime e para a implementação dessa política com a qual já demonstrou não ter limites para alcançar os objetivos do seu projeto de poder. Há uma necessidade permanente de continuar essa batalha.”

Pesquisa de popularidade da Modalmais/AP Exata realizada entre os dias 24 e 30 dezembro apontou que a popularidade do governo voltou a apresentar tendência de queda naqueles últimos dias do ano: o percentual de pessoas que avaliam a gestão como ruim/péssima na última quinta-feira era de 53,5%; apenas 22,1% consideram o governo como bom/ótimo e 24,5% avaliam como regular.

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A semana ficou marcada pelas cheias no sul da Bahia, mas também pelas cobranças que internautas fizeram ao presidente para que mostrasse solidariedade ao povo baiano. Bolsonaro, no entanto, seguiu publicando fotos e vídeos de suas férias em Santa Catarina, provocando críticas nas redes, apesar de também ter divulgado ações do Governo Federal no estado. O resultado foi um aumento abrupto das menções negativas ao presidente, que chegaram a ultrapassar os 70%, no Twitter.

A militância governista está enfrentando dificuldades na reversão da imagem negativa. Uma das estratégias tem sido criticar os pedidos do governador Rui Costa por maior ajuda financeira do Governo Federal, acusando o petista de querer “desviar verbas”.

Ao se envolver na polêmica das férias em Santa Catarina, Bolsonaro voltou a ser o presidenciável mais mencionado no Twitter. Lula segue em segundo lugar. Moro também cresceu, mas de forma negativa. O ex-juiz tem sido atacado pelas duas principais polaridades eleitorais, que colocam em causa a atuação dele frente à Lava Jato.

Notícias de que o Planalto recusou ajuda humanitária da Argentina levaram opositores a acusar o presidente de prejudicar o povo por diferenças ideológicas.

Na guerra de hashtags, #BolsonaroVagabundo abarcou 24,8% do total de tags em posts que mencionam os presidenciáveis, no Twitter. #BolsonaroOrgulhoDoBrasil ficou em segundo lugar, com 9,5%.

As menções positivas a Bolsonaro tiveram variações extremas esta semana. No dia 25de dezembro ele foi citado de forma positiva em 48% das publicações, número que não era atingido desde 4 de dezembro de 2020. A onda positiva foi estimulada por desejos de Feliz Natal. No entanto, esse cenário durou menos de 24h. No dia 29 as menções negativas tiverem um pico, devido à recusa do presidente em interromper as férias para visitar a Bahia.

 

Com informações do Correio da Cidadania

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