Bolsonaro foi contra intervenção no Amazonas

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No dia em que teve o seu nome como não qualificado para ser titular do Ministério da Saúde por, além de não ser médico e pouco conhecimento de medicina, o general Eduardo Pazuello disse, no seu segundo dia de depoimento na CPI da Pandemia, nesta quinta-feira, que “o presidente da República estava presente. A decisão foi tomada nessa reunião”, ao referir-se a uma reunião realizada em Manus para debater uma intervenção no Estado de Amazonas.

A reunião, cuja data não soube informar, não foi acolhida pela gestão federal no encontro de ministros mas ressalvou que não era o responsável por chancelar a proposta. Após ser questionado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AL) que, por ser o autor do pedido, queria saber sobre os motivos da recusa, Pazuello disse que “essa decisão não era minha. Ela foi levada a reunião de ministros com o presidente. E o governador, presente, se explicou, apresentou suas observações. E foi decidido pela não intervenção. Foi dessa forma que aconteceu”. O pedido de intervenção federal foi apresentado por Braga em 15 de janeiro.
Eduardo Braga disse ter enviado uma carta a Bolsonaro na qual solicitava a intervenção “para salvar vidas, diante do que nós estamos ouvindo aqui por parte do Ministro da Saúde, da falta de compromisso, da falta de competência, da falta de responsabilidade” Para justificar seu pedido, o senador lembro que “deixou faltar oxigênio. Fecharam o hospital de campanha. E, lamentavelmente, não fui atendido”. Posteriormente, questionado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, Pazuello reforçou que Bolsonaro estava na reunião.

Qualificação

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, teve sua competência questionada pelo senador Otto Alencar (PSD-BA) para assumir a pasta. O parlamentar, que é médico, fez perguntas específicas ao ex-ministro sobre doenças infectocontagiosas e formas de manifestação do coronavírus. Pazuello admitiu não saber responder.

“O senhor não sabe nem o que é a doença. Não sabe nada da doença. Não poderia ser ministro da Saúde, pode ter certesa absoluta. Eu, no seu lugar, não aceitaria. A responsabilidade com a vida é para quem conhece a doença. O senhor tinha que estar com a consciência certa de que tinha o domínio do que era a doença. E o senhor confessa que não sabia absolutamente nada”, disse.

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O ex-ministro culpou a empresa White Martins e o Governo do Amazonas pelo colapso de oxigênio no estado em janeiro deste ano. No segundo dia de depoimento à CPI da Pandemia, Pazuello disse que a companhia não prestou informações claras ao poder público e a Secretaria da Saúde não fiscalizou o nível de estoque do insumo. Para o ex-ministro, o governo federal não teve responsabilidade no episódio.

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