Bolsonaro volta a defender hidroxicloroquina e ‘direito de ir e vir’

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Presidente Jair Bolsonaro: ABr
Jair Bolsonaro (foto ABr)

Em discurso, o presidente Jair Bolsonaro, mais outra vez, criticou leis estaduais e municipais que restringem a livre circulação de pessoas durante a pandemia, chamando de “decretos subalternos”:

“Nas ruas, já se começa a pedir, por parte do governo, que se baixe um decreto. Se eu baixar um decreto, ele vai ser cumprido. Não será contestado por nenhum tribunal. Queremos a liberdade de fluxo. Queremos a liberdade para poder trabalhar. Queremos o nosso direito de ir e vir. Ninguém pode contestar isso”, acrescentou.

O presidente afirmou que foi questionado por membros da CPI da Pandemia sobre aparições públicas durante os finais de semana. “Não interessa onde eu estava. Respeito a CPI. Estive no meio do povo e tenho que dar exemplo. É fácil ficar dentro do Palácio do Planalto, tem de tudo lá.”

No discurso, Bolsonaro voltou a citar o tratamento precoce como medida para o combate à pandemia. Segundo o presidente, a hidroxicloroquina contribuiu para a diminuição do pico de casos no Estado do Amazonas, em especial na capital, Manaus. Segundo estudos, o medicamento não tem eficácia comprovada contra a Covid-19.

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Bolsonaro comentou a origem do novo coronavírus. “Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que estamos enfrentando uma nova guerra?” questionou.

“É um vírus novo. Ninguém sabe se nasceu em laboratório ou se nasceu por um ser humano ingerir um animal inadequado. Qual país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer.”

Já a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, disse hoje também, em entrevista coletiva que neste momento é preciso manter as medidas de prevenção contra a Covid-19, como uso de máscaras e distanciamento social.

A diretora argumentou que a vacinação é fundamental para o combate à pandemia, mas que até agora os países da América Latina e Caribe ainda não receberam doses suficientes para uma imunização mais abrangente contra o coronavírus.

“Embora as pessoas estejam sendo vacinadas, não podemos confiar nas vacinas para reduzir as infecções quando não há vacinas para todos. Elas são uma parte das respostas abrangentes que inclui a prevenção por meio de medidas de saúde. É por isso que precisamos fazer tudo para dobrar a curva e reduzir as infecções” destacou Etienne.

A diretora lembrou que, em diversos países, as UTIs vêm sendo insuficientes para atender aos pacientes com Covid-19. Mesmo com a ampliação dos leitos, a ocupação também avança, criando dificuldades de atender ao número de infectados com o avanço da pandemia. A diretora não deixou de ressaltar também a necessidade de ampliar o ritmo da vacinação na região.

“Precisamos de mais vacinas, estamos buscando nos níveis mais elevados para ter aumento de suprimento e países que têm vacinas em excesso”, acrescentou.

 

Com informações da Agência Brasil

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