BP admite redução de 80% no consumo de petróleo até 2050

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A BP já reconhece que vai acabar a tendência de aumento no consumo de petróleo, tornando-se a primeira das grandes petrolíferas mundiais a decretar o fim de uma era que muitos acreditavam que iria durar pelo menos mais uma década. O consumo de petróleo nunca mais deverá regressar aos níveis que se verificavam antes da pandemia, refere um estudo publicado pela BP onde a petrolífera traça a evolução da indústria até 2050, estabelecendo três cenários.

No menos drástico, apelidado de “business as usual”, a companhia estima uma redução ligeira no consumo mundial, estabilizando em torno de 100 milhões de barris por dia ao longo dos próximos anos. Desta forma, assume que o pico do consumo da matéria-prima já aconteceu no ano passado.

No Energy Outlook, publicado esta segunda-feira, a empresa inglesa revela que no segundo cenário haverá de quebra de 50% no consumo até 2050, sendo que no mais drástico, a redução poderá ser de cerca de 80% nos próximos 30 anos. “A procura de petróleo vai baixar aos longo dos próximos 30 anos”, escreve a BP no relatório, onde assinala que “a escala e o ritmo de descida vai depender do aumento da eficiência e eletrificação do transporte terrestre”. Na publicação do ano passado, a BP assumiu um cenário de aumento da procura para 130 milhões de barris por dia.

Além dos efeitos imediatos da pandemia, a BP assume esta evolução para o mercado petrolífero devido às mudanças de hábitos dos consumidores e alterações de políticas por parte dos governos.

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Com a transição energética a afastar o mundo dos combustíveis fósseis, a BP quer estar na linha da frente das mudanças no setor, reduzindo a dependência do petróleo. O novo CEO reduziu a meta de produção de petróleo e gás em 40% para os próximos 10 anos e pretende investir US$ 5 bilhões por ano nos ativos renováveis. A visão da companhia contrasta com a de outras petrolíferas, governos e países produtores, que acreditam que a supremacia do petróleo vai persistir por muito mais anos, pois esta é ainda a única matéria-prima capaz de satisfazer a crescente procura num contexto de crescimento da população mundial e classe média. Porém, a britânica não é a única gigante do setor a alterar de forma profunda o seu modelo de negócio. Numa altura em que as alterações climáticas continuam no centro da agenda mundial, empresas como a Royal Dutch Shell, Total e outras companhias na Europa estão a apostar em ativos cada vez mais “limpos”.

 

Vacinas motivam investidores

As principais bolsas norte-americanas começaram a semana a transacionar em terreno positivo, por causa das noticiais favoráveis quanto ao desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus e fusões empresariais animamm o sentimento em Wall Street. O índice industrial abriu a sessão desta segunda-feira, 14 de 7.867,43 pontos, tal como o Nasdaq Composite a somar 1,44% para 11.010,273 pontos, e o Standard & Poor's 500 a apreciar 1,07% para 3.376,66 pontos. No sábado, a AstraZeneca anunciou o retomar de testes clínicos, no Reino Unido, para a vacina experimental contra o novo coronavírus. Entretanto, foi o CEO da Pfizer defender como “provável” que ainda antes do final deste ano seja possível contar com uma vacina disponível no mercado norte-americano. Tal como sucedeu na Ásia, as principais praças norte-americanas interrompem assim um ciclo de perdas que levou à primeira série de perdas semanais acumuladas consecutivas desde março, já que na passada sexta-feira foram concluídas duas semanas seguidas com as bolsas no vermelho. Também a alimentar o otimismo dos investidores nesta primeira sessão semanal está um conjunto de fusões empresariais em perspetiva. A Oracle está cada vez mais próxima de fechar a compra da unidade norte-americana da TikTok, a Nvidia poderá pagar US$ 40 bilhões pela divisão de chips do SoftBank e a Gilead Sciences vai adquirir a Immunomedics por cerca de US$ 21 bilhões.

Os investidores em Wall Street estão também na expetativa pela próxima reunião da Reserva Federal, aguardando eventuais pistas sobre o rumo da política monetária da maior economia mundial no encontro que será realizado esta semana.

 

Totvs prorroga prazo de proposta

A Totvs prorrogou por 30 dias a validade da proposta de combinação de negócios com a Linx. Com isso, a proposta fica válida até 13 de outubro de 2020. A empresa também confirmou aos assessores dos conselheiros independentes da Linx estar de acordo com a correção pro rata da parcela em moeda corrente nacional a ser paga por ação, no valor de R$ 6,20, com base na variação do CDI, a partir do 6º mês contado da poposta apresentada pela Totvs.

 

PDG alterar plano

A PDG propôs uma alteração ao seu plano de recuperação judicial, com o objetivo do aditamento é readequar o pagamento dos credores trabalhistas à perspectiva econômico-financeira da companhia. A PDG alega que houve um aumento “significativo” nas solicitações de habilitação de credores trabalhistas nos últimos meses. Por isso, o pagamento nos termos previstos causaria um desequilíbrio no fluxo de caixa. A ajuste do plano de recuperação judicial será avaliado pela assembleia geral de credores, que ainda não foi convocada.

 

Ser quer a Laureate e Yduqs quer atrapalhar

Por causa da oferta para a compra dos ativos da Laureate no Brasil, as ações da Ser chegaram a subir 14%, Só porque revelou que pretende melar o negócio, oferecendo um pouco mais, os papéis da Yduqs registraram ganhos de 7%. Onde é que tem alguma coisa errada?

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