O Brasil bateu a marca de 64 milhões de CNPJs registrados, um número 7,72% maior do que o verificado no mesmo período do ano anterior, aponta a segunda edição do estudo “CNPJs do Brasil”, da BigDataCorp. Quando o levantamento analisa somente empresas ativas, o crescimento foi ainda maior: 16,11%, saindo de 21,8 milhões de estabelecimentos para 25,3 milhões.
Como resposta, a Receita Federal anunciou que, a partir de julho de 2026, o CNPJ terá um novo formato, que incluirá letras e números, para ampliar a quantidade de combinações possíveis. “A implementação do alfanumérico visa a garantir a continuidade das políticas públicas e assegurar a disponibilidade de números de identificação”, afirmou o órgão em comunicado.
A expansão que motiva a mudança é especialmente visível no segmento das MPEs. Os MEIs cresceram 20,90% nos últimos 12 meses e já são 78,74% dos CNPJs ativos no país. Pequenas empresas familiares, com dois ou mais sócios da mesma família, são a segunda maior categoria, representando 9,75% do total. Ao todo, 88,49% das organizações brasileiras são micro ou pequenas empresas familiares.
“Primeiramente, temos o forte fenômeno da ‘pejotização’. Muitas pessoas que antes eram empregadas com carteira assinada passaram a atuar como prestadoras de serviços, estruturando suas atividades como empresas”, explica Thoran Rodrigues, CEO da BigDataCorp.
Atualmente, a estrutura do CNPJ possui 14 números (oito para identificação da empresa, quatro para indicar matriz ou filial, e dois dígitos verificadores). Com o novo formato, manterá os 14 caracteres, mas será alfanumérico. Os oito primeiros dígitos (identificação) e os quatro seguintes (matriz/filial) poderão combinar letras e números. Os dois dígitos verificadores ao final continuarão a ser exclusivamente numéricos.
A mudança valerá apenas para novas inscrições e para a inclusão de filiais a partir de julho de 2026. Para quem já está registrado no CNPJ, o número permanecerá o mesmo e não será necessária nenhuma alteração cadastral. O processo de inscrição também não sofrerá alterações.
O estudo também revelou um aumento na mortalidade empresarial. Proporcionalmente, mais empresas encerraram suas atividades em 2024 do que em qualquer ano anterior, com exceção de 2021, auge da pandemia. Grande parte dessa mortalidade está relacionada a um reajuste do mercado.
Observou-se, por exemplo, um fechamento desproporcional de empresas no setor de preparação de alimentos para entrega, que havia crescido exponencialmente entre 2020 e 2022. Ao longo de 2024, 1,66% de todos os negócios encerrados atuavam nessa área.
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