Brasil bate recorde de lojas virtuais em operação

No Rio, sites de compra e venda de produtos novos ou usados podem ser obrigados a exigir alguns dados de seus usuários para evitar fraudes

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E-commerce venda online / comércio eletrônico (Foto: Pixabay/CC)
E-commerce (foto Pixabay/CC)

O comércio eletrônico no Brasil apresentou um crescimento forte em relação ao ano anterior. O número de lojas virtuais também aumentou em 17%, chegando a mais de 1,9 milhão. Os dados são da nova edição da pesquisa “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, realizada anualmente pela BigDataCorp. A pesquisa foi realizada em 2024, com base em uma amostra de mais de 23 milhões de sites brasileiros.

A pesquisa aponta um crescimento significativo nas empresas de pequeno porte, aquelas que têm um faturamento anual de até R$ 5 milhões. Esse aumento veio junto com uma queda na parcela de empresas que têm faturamento mais elevado, que hoje totalizam apenas 2.7% do total. O estudo destaca também uma redução na integração dos canais de venda físicos: a proporção de e-commerces que possuem loja física caiu para 16,5%, contra cerca de 19% em 2022. Os marketplaces, por outro lado, seguem cada vez mais relevantes. O número de e-commerces presentes em, pelo menos, um marketplace teve um aumento de 61% nos últimos dois anos, saltando de 14,8% para 23,8%.

Nas lojas virtuais são oferecidos, principalmente, produtos e serviços com preço menor do que R$ 100 (72,3%). Já itens com valores acima de R$ 1 mil tiveram uma queda acentuada de 2022 a 2023 (20,5% ante 15%). Uma grande parcela (68,4%) dos comércios eletrônicos possuem uma variedade de até 10 produtos à disposição do consumidor.

O estudo apontou que 73,5% deles são familiares e que 86% têm menos de 10 funcionários. Além disso, 45,7% são, na verdade, empresas individuais, nas quais apenas o empreendedor trabalha. A grande maioria das companhias nunca sofreu um processo por falha no atendimento ao cliente, mas 13,6% delas já passaram por essa experiência, reforçando a importância do cliente investigar a reputação da empresa antes de realizar uma compra.

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A preocupação com segurança contra fraudes bateu recorde alta para os empreendedores: 89% utilizam certificados Secure Sockets Layer (SSL), camada de segurança que criptografa os dados transacionados entre consumidor e loja online. Houve um grande aumento na adesão da ferramenta desde 2016 (73,8% vs 89,3% em 2023). Os lojistas também têm investido mais no uso de tecnologia para melhorar a experiência do cliente: 65,8% aceitam carteiras digitais como pagamento.

No Rio, sites e outros serviços on-line de anúncios de compra e venda de produtos novos ou usados podem ser obrigados a exigir alguns dados de seus usuários para evitar fraudes. É o que determina o Projeto de Lei 1.085/15, da deputada Martha Rocha (PDT), que foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta terça-feira, em segunda discussão. A medida segue para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-la ou vetá-la.

Segundo a proposta, ao se cadastrar, os usuários deverão fornecer dados como nome completo, CPF ou CNPJ, endereço e e-mail. Será proibida a criação de mais de uma inscrição com o mesmo CPF ou CNPJ. As empresas deverão ainda implementar um sistema antifraude.

A autora do projeto afirma que o objetivo é proporcionar mais segurança para anunciantes e compradores. Em caso de descumprimento, o infrator estará sujeito às penalidades previstas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), devendo a multa ser revertida para o Fundo Especial de Apoio a Programas de Proteção e Defesa do Consumidor (Feprocon).

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