Brasil cai no ranking mundial de exportações

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O Brasil perdeu cinco posições no ranking mundial de exportações em dez anos. Em 2008, o país estava na modesta 22ª colocação como maior exportador de mercadorias. Em 2018, caiu para o 27º lugar, um abaixo de 2017, perdendo a posição para o Vietnã.

As exportações mundiais de bens cresceram 10% em valores em 2018, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC). Em volume, a elevação foi de apenas 2,8%. A alta dos preços do petróleo e seus derivados explica a diferença entre o crescimento em dólares e em volume.

As exportações do Brasil em 2018 cresceram 10%, para US$ 240 bilhões, em linha com a alta mundial, porém alta insuficiente para manter o país na posição que ocupava.

As perspectivas para 2019 são piores. Os dados finais da balança comercial brasileira no ano passado mostram que as exportações caíram 7,5% em valor. A OMC prevê que o comércio mundial de mercadorias terá crescimento de 1,2%.

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“Se o quadro já não é animador para o total de bens, o que dizer de manufaturados?”, pergunta o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). “Embora tenhamos o nono maior parque industrial do mundo, correspondendo a 1,83% do PIB industrial global, ocupamos em 2018 apenas a 32ª colocação no ranking de exportações de manufaturados, com uma parcela de 0,62% do total. Perdemos uma posição em relação a 2017 e três posições frente a 2008. Dez anos atrás, entretanto, tínhamos 0,81% das exportações globais de manufaturados”, lamenta a entidade.

Em contraste, de 2017 para 2018, o Brasil subiu da 30ª para a 28ª posição entre os maiores importadores mundiais de manufaturas. No total das importações de mercadorias, o país subiu de 29º para 28º, devido a um crescimento de 20% do valor de bens importados (US$ 189 bilhões). Em 2014, antes da crise detonada pela política econômica de austeridade, o Brasil ocupava a 22ª posição.

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