Brasil e China divulgam entendimento sobre Ucrânia

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Donetsk, Ucrânia (Foto: Victor/Ag. Xinhua)
Donetsk, Ucrânia (Foto: Victor/Ag. Xinhua)

Celso Amorim, assessor sênior da Presidência do Brasil, se reuniu nesta quinta-feira, em Beijing, com Wang Yi, membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e ministro das Relações Exteriores. As duas partes mantiveram uma troca de pontos de vista sobre a pressão por uma solução política para a crise na Ucrânia e o apelo à desescalada da situação, e chegaram aos seguintes entendimentos comuns:

1 – Apelar a todas as partes envolvidas para que respeitem três princípios para acalmar a situação: nenhuma expansão do campo de batalha, nenhuma escalada dos combates e zero provocações de qualquer lado.

2 – Acreditar que o diálogo e a negociação são a única solução viável para a crise na Ucrânia. Todas as partes devem criar condições para a retoma do diálogo direto e pressionar para a desescalada da situação até que seja alcançado um cessar-fogo abrangente. A China e o Brasil apoiam a realização de uma conferência internacional de paz num momento apropriado que será reconhecida tanto pela Rússia como pela Ucrânia, com participação igual de todas as partes e deliberação justa de todos os planos de paz.

3 – São necessários esforços para aumentar a assistência humanitária às regiões relevantes e evitar uma crise humanitária em maior escala. Os ataques a civis ou a instalações civis devem ser evitados e os civis, incluindo mulheres, crianças e prisioneiros de guerra, devem ser protegidos. Ambos os lados apoiam a troca de prisioneiros de guerra entre as partes em conflito.

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4 – É necessário opor-se à utilização de armas de destruição maciça, em particular, armas nucleares e armas químicas e biológicas. Devem envidar todos os esforços para impedir a proliferação nuclear e evitar uma crise nuclear.

5 – É necessário opor-se aos ataques às centrais nucleares e outras instalações nucleares para fins pacíficos. Todas as partes devem cumprir as normas do direito internacional, incluindo a Convenção sobre Segurança Nuclear, e prevenir resolutamente acidentes nucleares provocados pelo homem.

6 – É necessário opor-se à divisão do mundo em grupos políticos ou econômicos isolados. As duas partes apelam a esforços para reforçar a cooperação internacional em energia, moeda, finanças, comércio, segurança alimentar e segurança de infraestruturas críticas, incluindo oleodutos e gasodutos, cabos ópticos submarinos, instalações de energia e redes de fibra óptica, para proteger a estabilidade da economia global, cadeias industriais e de abastecimento.

As duas partes dão as boas-vindas aos membros da comunidade internacional para apoiarem e defenderem os entendimentos comuns acima mencionados e desempenharem conjuntamente um papel construtivo na redução da escalada da situação e na promoção de conversações de paz.

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