O Brasil é um dos principais produtores de alimentos do mundo, mas infelizmente também é um dos países com o maior índice de desperdício de alimentos. De acordo com dados do IBGE, cerca de 30% dos alimentos produzidos no país acabam sendo jogados fora, o equivalente a cerca de 46 milhões de toneladas de alimentos por ano. Isso representa uma perda significativa tanto em termos econômicos, já que o desperdício de alimentos no Brasil é estimado em R$ 61,3 bilhões por ano, quanto ambientais e sociais, colocando, assim, o Brasil na 10ª posição no ranking de países que mais desperdiçam comida, segundo dados da ONU.
Esse desperdício ocorre em diversas etapas da cadeia alimentar, desde a produção até o consumo. Na produção, os alimentos são perdidos devido a questões como mau planejamento, falta de infraestrutura adequada e problemas climáticos. Na distribuição e comercialização, alimentos são descartados devido a padrões exigentes de aparência e estética, além de problemas logísticos. Já no consumo, os alimentos são desperdiçados devido a compras excessivas, falta de planejamento de refeições e descuido com a conservação dos alimentos. Por ano, o desperdício no país chega a 27 milhões de toneladas de alimentos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2022 com um acumulado de 5,79%. Embora tenha ficado abaixo do registro de 2021, esse é o segundo ano seguido que o indicador oficial se encerra acima da meta.
Dos nove grupos de produtos e serviços, sete tiveram alta ao longo do ano e seis pontuaram acima do índice geral. Ainda que não tenha tido a maior alta de preços, o grupo de alimentos e bebidas sentiu o maior impacto ao responder por 2,41% no indicador. A cebola (130,14%) e o leite longa vida (26,18%) foram os insumos que mais pressionaram o grupo, seguidos pela batata inglesa (51,92%), frutas (24%) e o pão francês (18,03%), frequentemente encontrados no preparo de alimentos fora do lar, que teve alta de 7,47%.