Dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho apontam os EUA como maior consumidor da bebida em números totais, e Portugal com o maior consumo per capita. Já o Brasil aparece na 14ª posição no ranking de mercados de vinhos, segundo balanço da Wine Intelligence.
“O mercado mundial de vinho é complexo e dinâmico, influenciado por uma série de fatores, como condições climáticas, políticas comerciais, preferências dos consumidores e tendências econômicas. Entendem esses aspectos permite identificar oportunidades e desafios para os produtores, exportadores e consumidores de vinho em todo o mundo”, afirma a economista e professora da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Nadja Heiderich.
A evolução do mercado mundial de vinho entre os anos de 1995 e 2020, sugere que a produção e o consumo de vinho se mantiveram relativamente estáveis ao longo desse período, flutuando em torno de 50 milhões e 45 milhões de litros, respectivamente. As exportações e importações também apresentaram um crescimento gradual, indicando um aumento no comércio internacional de vinhos.
No entanto, a partir de 2021, há uma queda acentuada nas exportações e importações, sugerindo um possível impacto de fatores externos, como a pandemia e fatores climáticos, na dinâmica do mercado.
A Europa continua a dominar a produção mundial de vinho, com Espanha e Itália liderando o ranking. No entanto, a presença de países como Chile e Austrália entre os maiores produtores demonstra a globalização da indústria vitivinícola e a crescente importância de novas regiões produtoras.
Os EUA emergem como o maior consumidor mundial de vinho, seguido por países europeus como França e Itália. Essa tendência indica um crescimento do consumo de vinho em diversas regiões do mundo, impulsionado por fatores como a crescente classe média, a globalização e a maior conscientização sobre os benefícios do vinho para a saúde.
O contraste entre os países com maior superávit e déficit na balança comercial de vinhos é evidente. Países como Espanha e Itália exportam significativamente mais vinho do que importam, enquanto países como o Reino Unido e os EUA apresentam um déficit considerável, importando mais do que produzem.