Brasil é o 42º em educação digital entre 50 países

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Criança com computador (foto ABr)

O Brasil está na 42ª posição do ranking de 50 países avaliados com respeito ao nível de conhecimento atual sobre risco cibernético de suas populações e a relevância das iniciativas para promover educação e treinamento sobre esse tipo de risco no futuro – de acordo com o estudo global Índice de Educação em Risco Cibernético, produzido pela consultoria Oliver Wyman, que analisou cinco critérios: motivação da população em geral em termos de boas práticas de segurança cibernética; políticas públicas para melhorar o conhecimento em riscos cibernéticos; como os sistemas educacionais abordam o tema; estratégias das empresas para melhorar as habilidades em riscos cibernéticos de seus funcionários; e a inclusão digital da população, principalmente os mais vulneráveis a esses riscos como os idosos.

De acordo com o estudo, Suíça, Singapura, Reino Unido, Austrália, Holanda, Canadá, Estônia, Israel, Irlanda e EUA lideram o ranking. Além de terem uma boa pontuação em todos os fatores analisados (por exemplo, uso de internet em escolas, pessoas certificadas em segurança cibernética e existência de políticas públicas relevantes), essas nações são as que melhor integram o tema do risco cibernético em seus sistemas educacionais, no mercado de trabalho e em políticas governamentais.

Os países foram selecionados de acordo com a sua influência econômica, política, cultural ou militar na sua região; se são desenvolvidos ou estão em desenvolvimento econômico; se tem infraestrutura para acesso amplo a computadores; disponibilidades de dados geográficos e pesquisas de opinião; e políticas públicas com cronogramas de investimentos para educação e segurança digital.

No Brasil, o percentual de estudantes de 10 anos ou mais de idade com acesso à internet subiu de 86,6%, em 2018, para 88,1% em 2019. Apesar disso, 4,3 milhões ainda não utilizavam o serviço e a maior parte era de alunos de escolas públicas (95,9%). Ao todo eram 4,1 milhões de estudantes da rede pública de ensino sem o acesso à internet, enquanto na rede privada eram apenas 174 mil alunos sem conexão. Os números estão na Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada pelo IBGE, que investigou no último trimestre de 2019 o acesso à tecnologia da informação e comunicação (TIC). A pesquisa analisou as informações do período entre 2016 e 2019, sobre o acesso à internet e à televisão, além da posse de celular.

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Na avaliação, a diferença de acesso entre os estudantes de escolas particulares (98,4%) para os do ensino público (83,7%) é ainda mais significativa entre as grandes regiões do país. Os percentuais de estudantes da rede pública que utilizaram o serviço ficaram em 68,4% no Norte e em 77% no Nordeste. Nas demais regiões, o percentual variou de 88,6% a 91,3%.

Na rede de ensino privada, segundo a pesquisa, o uso da internet ficou acima de 95% em todas as grandes regiões, sendo que, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, alcançou praticamente a totalidade dos estudantes.

A pesquisa indicou ainda que, em 2019, o uso do celular para acessar a internet atingiu a 97,4%, o que representou um avanço, mas, ainda assim, o percentual dos alunos de escolas públicas que tinham o aparelho para uso pessoal era apenas 64,8%, sendo que nem todos eles tinham acesso à rede. Na rede privada, o uso era bem maior e alcançava 92,6%. A diferença era ainda maior no Norte do país, onde apenas 47,5% dos alunos do ensino público tinham um celular. Entre os estudantes da rede pública sem telefone celular em 2019, 41,2% disseram que era pelo alto custo do aparelho. Outros 28,7% relataram não possuir aparelho porque usavam o de outra pessoa. Os motivos mais comuns para esta situação em estudantes da rede privada também foram estes dois argumentos, sendo que o uso de aparelho de outra pessoa tem peso maior (40,3%) que a questão de o aparelho telefônico ser caro (20%). No início da pesquisa, 70,6% dos estudantes usavam computador para navegar na internet, mas em 2019 eram 56%. Outro crescimento foi o do uso da televisão para navegar na internet, que subiu de 11,9% para 35,0%. O tablet era usado somente por 13,4% dos estudantes, a maioria da rede privada.

 

Com informações da Agência Brasil

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