O Índice Nacional de Confiança do Consumidor alcançou 39,1 pontos em maio de 2021, apresentando uma queda de 0,4 ponto em relação ao mês passado (29,5). Este é o sétimo mês consecutivo de diminuição no grau de confiança do consumidor brasileiro. Já o Índice Global de Confiança do Consumidor, média de cada um dos 24 índices nacionais dos mercados mundiais, ficou em 46,4 neste mês, registrando um crescimento de 0,9 em relação ao período anterior.
Além de o Brasil, outros seis países apresentaram queda em seu Índice Nacional em maio: Índia (-3,4), Turquia (-2,1), Canadá (-1,1), Argentina (-1,1), Japão (-1,0) e Rússia (-0,3). Os índices mais altos entre todos os 24 países avaliados são os da China (72,4), Arábia Saudita (65,7) e EUA (59,5). Em contrapartida, o índice mais baixo foi o da Turquia (30), seguido pela Argentina (34,4) e África do Sul (36,9). O Brasil teve o oitavo pior índice do mês.
Ao considerarmos o recorte temporal desde janeiro de 2020, o Brasil é o país, entre 24 sondados, com maior queda em seu Índice Nacional de Confiança (-11,2). Em segundo lugar está a Polônia (-8,9) e, em terceiro, o México (-7,2). Globalmente, a queda desde janeiro de 2020 foi de -2,3.
O índice funciona em uma escala de zero a 100, na qual acima de 50 pontos há um otimismo com a situação econômica do país e abaixo dos 50, pessimismo dos consumidores – o que mostra que a confiança da população brasileira segue muito aquém do desejado.
Os dados são baseados em uma pesquisa mensal com mais de 17.500 adultos – sendo mil brasileiros – realizada na plataforma on-line Global Advisor, da Ipsos. O Índice Nacional de Confiança do Consumidor reflete as percepções dos entrevistados acerca de temas como: economia local vigente e futura, situação financeira atual e futura, poder de compra, estabilidade no emprego e possibilidade de poupar e investir
Quando olhamos os três indicadores que compõem o Índice Nacional de Confiança do Consumidor, o Brasil está sempre entre as maiores quedas registradas desde janeiro do ano passado. O dado mais preocupante é o do Investment Index, que avalia a confiança de compras e investimentos e a situação financeira atual e futura. O Brasil caiu -15,2 pontos, o declínio mais representativo entre 24 países.
No Job Index, que leva em conta a estabilidade no trabalho, experiências com perda de emprego e perspectivas profissionais futuras, o índice brasileiro teve diminuição de -10,1 pontos desde o mês janeiro de 2020, colocando a nação em segundo lugar entre as maiores quedas. Além disso, a queda do Brasil no Expectations Index, que avalia finanças pessoas e economia comunitária, foi de -4,1 pontos, de janeiro de 2020 até o momento atual. O Brasil é o terceiro país, de 24 que apresentou maior declínio no Expectations index.