Trump assina tarifaço para importações de aço

País é o principal destino das exportações do produto brasileiro

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Aço (Foto: Maxim Norland/Sxc.Hu)
Aço (Foto: Maxim Norland/Sxc.Hu)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira o tarifaço de 25% para as importações de aço e alumínio para o país. O decreto deve impactar o setor de siderurgia de México, Canadá e Brasil: “Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas”, disse Trump que continuou:

– Este é o primeiro de muitos. E você sabe o que quero dizer com isso? Outros assuntos, tópicos, proteger nossas indústrias de aço e alumínio é essencial. Simplificando: nossas tarifas sobre aço e alumínio, para que todos possam entender exatamente o que é: 25%, sem exceções. E isso vale para todos os países, não importa de onde venha – explicou.

Segundo Trump, a tarifa será exclusiva para importação, e que as empresas têm a opção de trazerem filiais e produção para dentro dos EUA em troca de tarifa zero. “Não precisamos de outro país. Por exemplo, o Canadá.”

Segundo dados da Administração de Comércio Internacional do governo dos EUA, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para o país em 2024, perdendo apenas para o Canadá. Já levantamento do Instituto do Aço Brasil, com base em dados oficiais do governo brasileiro, afirma que os EUA foram o principal destino do aço do país, representando 49% de todo o aço que o Brasil exportou em 2023.

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Para Hugo Garbe, professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), “o setor siderúrgico brasileiro exporta uma parte relevante de sua produção para os EUA, e a imposição de tarifas pode reduzir essa demanda. Com menos exportações, empresas do setor podem enfrentar dificuldades financeiras, afetando empregos e investimentos. Além disso, se o Brasil decidir retaliar com tarifas sobre produtos americanos, pode haver impactos em outras cadeias produtivas que dependem do comércio bilateral.”

“Para os próprios EUA, há um efeito colateral importante: a alta nos preços de insumos essenciais para diversas indústrias. Setores que dependem de aço e alumínio importados, como o automotivo e o de construção, podem ver seus custos aumentarem, o que pode se refletir em preços mais altos para os consumidores. Além disso, se outras indústrias forem prejudicadas, a medida pode gerar perdas de empregos em áreas que dependem desses materiais.”

Matéria atualizada, às 20h13, para inserir informações sobre a taxação de Trump

Com informações da Agência Brasil, citando a Reuters, e do G1

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