Brasil fica para trás em exportações de maior complexidade

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Robos industriais (foto: Governo do Espirito Santo)
Robôs industriais (foto do Governo do Espírito Santo)

Houve uma interrupção na trajetória contínua de perda de posição das exportações do Brasil no ranking de complexidade econômica que ocorreu entre 1995 e 2008. Depois de termos ocupado a 25ª posição em 1995, recuamos à 48ª colocação em 2008 e para o 50º lugar em 2014. Os dados mais recentes, de 2018, mostram que o país está na 49º posição.

A China fez o caminho inverso. A líder global na exportação de manufaturados registrou avanço ininterrupto no ranking de complexidade entre 1995 e 2014, passando da 46ª para a 18ª posição, na qual se manteve em 2018.

Ou seja, enquanto em 1995 a China precisaria subir 21 posições para alcançar o Brasil, em 2018 era o Brasil que precisaria ascender 31 posições para alcançar a China. A análise consta da Carta Iedi, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.

“Embora a China tenha se tornado o principal mercado de destino de exportações brasileiras de commodities desde 2009, sua consolidação como produtora e exportadora de produtos manufaturados tem afetado negativamente a indústria brasileira por dois canais: a invasão de importados chineses no nosso mercado interno e o crescimento das exportações chinesas para as três principais regiões de destino das vendas externas brasileiras de bens manufaturados – Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai), Aladi (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela) e Nafta (Estados Unidos, Canadá e México)”, ressalta a Carta.

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O Iedi destaca a importância de alavancar a competitividade da estrutura produtiva brasileira, “o que requer não somente preços macroeconômicos (taxas de juros e de câmbio) em patamares favoráveis e estáveis para as exportações, mas também reformas estruturais, como a tributária, e políticas industrial, tecnológica e ambiental que respondam aos desafios das novas tecnologias e da mudança climática”.

Instrumentos mais amplos de financiamento às exportações e integração com outros mercados por meio de acordos comerciais possibilitariam uma abertura horizontal, transparente e gradual, defende a entidade.

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