Em 2018, a produção nacional dos insumos naturais energéticos da biomassa foi de 91,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep). De 2015 a 2018, o crescimento médio da produção de insumos naturais energéticos da biomassa foi de 1,4%. As informações são das Contas Econômicas Ambientais da Energia: Produtos da Biomassa, resultado de uma cooperação entre o IBGE e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com o apoio, da Agência Internacional de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ GmbH), por intermédio do Ministério do Meio Ambiente. A pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, pelo IBGE, mostra os recursos e usos dos produtos energéticos da biomassa no Brasil.
A produção do biodiesel teve o maior crescimento médio no período (10,7%), com lixívia (solução aquosa de carácter básico, de hidróxidos, carbonatos e sulfuretos de metais alcalinos, usada na produção de sabão, de outros sais de potássio, em pilhas níquel-ferro e em pilhas alcalinas), 6,5% e álcool (3%) a seguir. A lenha também teve aumento (0,9%).
A eletricidade é um dos produtos resultantes do uso da transformação dos produtos energéticos da biomassa. Em 2018, a produção de energia elétrica oriunda dos produtos energéticos da biomassa foi de 54,4 mil gigawatt-hora (GWh) e representou cerca de 9% de toda a energia elétrica produzida no Brasil. Os dois insumos mais utilizados para a geração de eletricidade, em 2018, foram a biomassa da cana e a lixívia, sendo que, do total dos produtos energéticos utilizados para essa finalidade, 62,2% foi biomassa da cana (essencialmente do bagaço) e 27,0% lixívia.
Segundo o IBGE, em 2018, do uso total de produtos energéticos da biomassa pelas famílias, 61,1% foi de álcool; 33,5%, de lenha; 3,0%, de eletricidade derivada de produtos energéticos da biomassa; 1,7%, de carvão vegetal; e 0,7%, de biodiesel.
O uso per capita de lenha pelas famílias apresentou um crescimento médio de 3,7% de 2015 para 2018. Já o do álcool caiu 0,8% no período.
De acordo com o instituto, o álcool é mais usado pelas famílias (80,9%) do que pelas atividades econômicas (19,1%). Com o biodiesel, ocorre o contrário: 96,3% do uso é pelas atividades econômicas.
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