A abertura de pequenos negócios teve, em julho, o seu maior volume neste ano. Segundo levantamento do Sebrae feito a partir de dados da Receita Federal, foram criadas quase 378 mil empresas, entre microempreendedores individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte. Esse resultado, somado ao bom desempenho dos meses de abril e agosto, leva o país ao saldo de 2,8 milhões de novos CNPJs nesse segmento de empreendedorismo.
O setor de serviços se destaca com quase 61% do total de aberturas de pequenos negócios nos oito primeiros meses de 2024 (1,7 milhão). Na sequência, vêm o comércio (25,6%), a indústria (7,9%), a construção (7 %) e a agropecuária (0,7%).
Promoção de vendas foi a atividade com o maior número de novos negócios entre janeiro e julho, com 123,5 mil registros. Depois aparecem serviços de apoio administrativo (98,3 mil); comércio varejista de roupas e acessórios (95,7 mil); cabeleireiro, manicure e pedicure (85,3 mil); transporte rodoviário de cargas (71 mil); obras de alvenaria (66 mil) e atividades auxiliares de transporte terrestre (60,1 mil).
Entre janeiro e agosto, os microempreendedores individuais (MEI) representaram cerca de 78% do total de empresas abertas (2,1 milhões). Somente no último mês de agosto, foram criados 277,5 mil novos CNPJs nessa categoria de negócio. No mesmo período, foram 554 mil novas microempresas – que têm faturamento até R$ 360 mil e 126,8 mil novos registros de empresas de pequeno porte (EPP).
Segundo a Serasa, em julho, as MPEs lideraram a busca por crédito, registrando um aumento de 13,1%. Esse movimento impulsionou uma alta geral de 12,7% na demanda por recursos financeiros em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados são do Indicador de Demanda das Empresas por Crédito e também apontaram um leve aumento de 0,3% na demanda por crédito entre as “grandes” companhias. Apenas os negócios de médio porte apresentaram queda de 0,9% no mesmo período.
Na visão por setores, a categoria que mais cresceu foi demais (que engloba companhias do segmento primário, financeiro e terceiro setor), com 25%, seguido por indústria (14,7%). Comércio e serviços apresentaram alta de 12,3%, respectivamente.
Mato Grosso do Sul (52,1%) e Espírito Santo (36,7%) foram os estados lideraram o ranking das UFs em junho. Amazonas foi a única unidade federativa que registrou queda no período (-1%).