Novembro marcou o quinto mês consecutivo de 2024 em que o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de diligências de golpes evitados, totalizando 1.020.304 casos – frequência de uma ocorrência a cada 2,5 segundos e um aumento de 14,2% em relação ao mesmo período de 2023. Os dados são do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian.
“As fraudes digitais representam um risco crescente para consumidores e empresas, e nosso objetivo é fortalecer a segurança em cada etapa da jornada”, destaca Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian.
Na visão por modalidade das tentativas, mais da metade (56%) das ocorrências, foi identificada devido a inconsistências nas informações cadastrais, que incluem discrepâncias entre os dados fornecidos pelos usuários e as informações registradas em bases confiáveis ou oficiais, como CPF, endereço, data de nascimento ou histórico financeiro. Rocha explica que “essas inconsistências, muitas vezes, indicam tentativas de criar identidades falsas, manipular dados existentes ou utilizar informações de terceiros de forma fraudulenta”.
Além disso, padrões fraudulentos relacionados à autenticidade de documentos e à validação biométrica corresponderam a 36,7% das ocorrências, enquanto a verificação de dispositivos contribuiu com 7,3%, reforçando a necessidade de soluções integradas para combater diferentes modalidades de fraude.
Do total de tentativas de fraude evitadas em novembro, o segmento de bancos e cartões liderou como o preferido dos criminosos (52,7%), enquanto o de varejo apresentou a menor incidência (2,1%). Já em relação à faixa etária, os cidadãos entre 36 e 50 anos foram os mais visados para os golpes, representando 33,3% dos casos.
Ainda em novembro de 2024, o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian revelou que todas as unidades federativas registraram queda nas diligências quando comparado com o mês anterior. A maior foi em Santa Catarina (-4,1%). Ainda assim, a visão por volume indicou que os estados do Sul e Sudeste continuaram na mira dos golpistas.
Apesar da queda no volume total de fraudes em todas as UFs, a taxa de tentativas por milhão de habitantes ainda preocupa, superando 4,7 mil registros por milhão. O Distrito Federal liderou o ranking com mais de 7 mil ocorrências por milhão de habitantes, seguido por São Paulo, Mato Grosso e outros cinco estados que também ultrapassaram a média nacional.
Já pesquisa da Norton mostra que 21% das pessoas no Brasil, que atualmente usam aplicativos de namoro, dizem que já foram alvo de golpes e 85% (destes 21%) foram vítimas de um deles.
De acordo com o levantamento, quase quatro em cada 10 (37%) dos brasileiros estão usando um aplicativo de namoro atualmente e muitos gastam em média quase 9 horas (8,69) por semana nesses aplicativos. Dentre aqueles que usam aplicativos de namoro, um em cada cinco brasileiros (21%) afirmam ter sido alvo de um golpe.
Dentre os brasileiros (21%) que relataram ter sido alvo dos cibercriminosos, 85% foram vítimas de um golpe, sendo os mais prevalentes: 41% dos brasileiros já foram vítimas de golpes românticos. Um golpe romântico é quando a pessoa é enganada a pensar que está em um relacionamento com alguém que conheceu na internet, mas que, na verdade, trata-se de um golpista usando uma identidade falsa para ganhar a confiança da vítima e pedir dinheiro a ela.
Segundo o estudo, 29% dos brasileiros foram vítimas de Catfishing. É o ato do golpista se passar por uma outra pessoa online, usando fotos e informações sobre ela ou uma identidade fictícia. Em alguns casos, os catfishers podem roubar a identidade de alguém, incluindo seu nome, fotos e dados de aniversário. E 27% dos brasileiros foram vítimas de golpes de sugar daddy / sugar baby. Nesse tipo de golpe romântico, o golpista se passa por um indivíduo rico que deseja enviar dinheiro a uma pessoa mais jovem, em troca de companhia online. Depois de ganhar a sua confiança, o cibercriminoso pede uma taxa inicial ou informações pessoais antes de enviar sua mesada.
Ainda de acordo com a Norton, 23% dos brasileiros foram vítimas de golpes de fotos (os golpistas buscam convencer seu alvo a enviar informações pessoais, em troca de fotos íntimas), 16% dos brasileiros foram vítimas de sites falsos de namoro (são sites de namoro fraudulentos que afirmam ser legítimos, mas na verdade estão cheios de golpistas. Esses sites são criados para minerar informações); 15% dos brasileiros foram vítimas de golpes de romance militar (o golpista se passa por um militar, provavelmente destacado. Ele cria uma relação de confiança usando jargões e títulos militares e, em seguida, pede dinheiro para cobrir despesas, como voos de volta para casa, por exemplo); 15% foram vítimas de golpes de sextorsão (este tipo de golpe é particularmente insidioso, envolvendo ameaças de divulgação de informações privadas ou comprometedoras, a menos que um resgate seja pago, geralmente em criptomoedas. Esses golpes começam com e-mails de phishing e exploram emoções humanas como medo e vergonha); 13% dos brasileiros foram vítimas de golpes de malware e 12% dos brasileiros foram vítimas de fraudes relacionadas a doenças ou golpes médicos. Esses golpes envolvem golpistas fingindo oferecer tratamentos ou alegando sofrer de doenças falsas, para roubar dinheiro ou informações pessoais. Isso pode incluir vender curas falsas, falsificar condições médicas para solicitar doações ou se passar por agentes de seguros de saúde para obter acesso a dados confidenciais.
Por fim, 9% dos brasileiros foram vítimas de golpes de verificação de código. Os golpistas enviam um código de verificação falso por e-mail ou mensagem de texto, fingindo ser um aplicativo ou site de namoro. Depois de clicar nele, são solicitadas informações pessoais, incluindo número de cartões de crédito. E 8% dos brasileiros foram vítimas de golpes de herança; 7% foram vítimas de golpes de visto ou imigração; e 7% também foram vítimas de golpes de criptomoeda ou investimento.
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Acesso a partir de 17 de março