O Instituto QualiBest realizou entre 8 de janeiro e 2 de fevereiro estudo com 3.494 internautas brasileiros para entender como eles avaliaram o ano de 2023 e qual a expectativa para 2024 em relação à vida pessoal e à diferentes aspectos do país.
“No geral pudemos perceber que há perspectiva de melhora em 2024 e para 91% dos entrevistados o ano deve ser positivo. Os internautas das gerações baby boomers e silenciosa avaliaram positivamente o ano de 2023. Para 2024, as expectativas também são boas para as gerações Y e Z, além das gerações mais velhas que mantém a positividade”, explica Fábia Silveira, gerente de planejamento e atendimento do QualiBest.
O desempenho do Brasil neste ano tem boas perspectivas de melhora em todas as áreas com relação à avaliação de 2023, mas ainda há porcentagens significativas de avaliações negativas, principalmente na política, em que 48% dos entrevistados acreditam que o país terá um desempenho negativo nessa área. Já a saúde pública e a economia são as áreas que os internautas mais acreditam que irão melhorar em relação ao ano passado.
O estudo buscou também entender se o brasileiro traça metas e objetivos pessoais: 69% dos entrevistados afirmam que realizaram planejamentos para 2024, sendo que 35% fizeram planos apenas na cabeça e 34% colocaram no papel (mais força para a Geração Z, os nascidos da segunda metade da década de 1990 até 2010); 22% dos entrevistados afirmam ter objetivos, mas não chegam a ser um planejamento, principalmente as gerações baby boomer (nascidos entre 1945 e 1964) e silenciosa (nascidos entre 1925 e 1942). “Percebemos que quanto mais velhos, menos fazem planejamentos escritos e ficam só com objetivos”, complementa a executiva.
As áreas que os internautas brasileiros mais traçam planos e objetivos são as de trabalho/emprego (73%) e finanças (64%).
Entre os que realizam planos profissionais, grande parte quer empreender. “A vontade de empreender é maior para as classes mais baixas, que almejam independência financeira e veem no empreendedorismo essa oportunidade”, aponta Fábia.
Na área de finanças, 69% afirmam que querem guardar dinheiro e 86% têm intenção de começar a investir ou realizar novos investimentos.
“Vemos um interesse maior em finanças nas gerações mais jovens, que fazem principalmente planejamentos de compra de imóveis, enquanto os mais velhos vão no caminho oposto com intenção de vender seus bens”, cita a executiva.
Entre as outras áreas que os brasileiros costumam fazer planejamentos estão a de família/relacionamentos (55%), saúde (50%), lazer (44%) e educação (36%). No campo de família e relacionamentos, casar é a maior meta e foi citada por 30% dos entrevistados. Na área de saúde, fazer mais exercícios, ter uma dieta mais saudável, reduzir o consumo de açúcar, sal e gorduras e emagrecer foram os planos mais citados.
As viagens para dentro do país, principalmente para os mais jovens, foram bastante mencionadas na área de lazer. A realização de cursos profissionalizantes e de idiomas são os principais planos para 2024 na área da educação e as áreas que os brasileiros têm maior pretensão de estudar esse ano são as de administração, saúde e marketing, sendo o formato online e o híbrido os preferidos para as aulas.
Já segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), após a queda no fim do ano passado, o nível de confiança do empresariado paulistano seguiu melhorando em fevereiro. O indicador cresceu 2% em relação a janeiro, passando de 108 pontos, no primeiro mês do ano, para 110,2 pontos, em fevereiro. É o maior resultado desde outubro de 2023, às vésperas da Black Friday, quando o Icec estava na casa dos 117,2 pontos.
A melhora da conjuntura econômica, diante do ciclo de redução dos juros, assim como a inflação e o endividamento em queda, colabora para deixar os empresários mais otimistas. Além disso, há uma grande expectativa de aumento nas receitas para o setor do comércio em 2024, motivado pelos resultados do ano passado.
Na comparação com fevereiro de 2023, porém, o indicador caiu 1,9%, o que sinaliza que, no começo do ano passado, as expectativas estavam ligeiramente mais altas.
Se alguns números que conformam o Icec reforçam esse aumento da confiança, como o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) – que mensura a realidade presente do empresariado e subiu significativamente (7,2%), passando de 86,1 pontos, em janeiro, para 92,2 pontos, neste mês, ou mesmo a percepção de avanço da economia brasileira (3,6%) -, outros apontam um cenário ainda de cautela.
O indicador de contratação de funcionários, por exemplo, ressecou 1,3% em fevereiro, com uma retração ainda mais relevante (-3,8%) na comparação com o mesmo mês do ano passado. No auge do índice, em julho passado, estava na casa dos 119,7 pontos – enquanto, hoje, está em 113,3 pontos, uma queda de 5,3%
Da mesma forma, o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede o quanto os players do setor estão dispostos a injetar recursos nos negócios, caiu 2%, apontando que os empresários estão segurando recursos. O nível de investimentos das empresas confirma essa conjuntura, com reduções de 1,5%, na comparação mensal, e de 2,7%, na anual.
Os empresários paulistanos também seguem receosos quanto ao fluxo dos estoques no início de ano. O índice de Estoques (IE) recuou 0,3%, ao passar de 117,6 pontos, em janeiro, para 117,3 pontos, em fevereiro. No entanto, em comparação a fevereiro do ano passado, o indicador avançou 5%. Ainda assim, a proporção dos empresários que relatam estoques adequados segue maior do que os que alegam inadequação: 56,8% contra 24,7%, respectivamente.
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