Brasileiro fica mais pobre que no resto do mundo

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Entre 1950 e 1980, o PIB brasileiro cresceu 7,1% ao ano, quase o dobro do ritmo do PIB global. A renda per capita brasileira aumentou cinco vezes entre 1950 e 2011. Porém, desde o fim da década de 1980, com o fracasso do Milagre Econômico da ditadura militar, o PIB patina, e a parte que cabe a cada brasileiro, também.

No período 1980-91, o PIB cresceu em média 1,54% ao ano. Na década seguinte, o ritmo aumentou para 2,85% ao ano. O PIB per capita encolheu na chamada Década Perdida 0,38% em média. “O Brasil está em rota submergente e se empobrecendo em termos relativos; a renda per capita brasileira cresce menos do que a renda per capita mundial”, assinalou José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – Ence/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate.

Em 1980, a renda per capita brasileira era de US$ 4,8 mil, 62% maior do que a renda per capita mundial, de US$ 3 mil. Em 2014, o Brasil ainda tinha uma renda per capita (US$ 16,3 mil) superior à renda mundial (US$ 15,1 mil). Mas a partir de 2016, o cidadão brasileiro médio ficou mais pobre do que o cidadão médio global. O FMI estima uma renda per capita de US$ 17,4 mil para o Brasil e de US$ 19,6 mil para o mundo. O Brasil passou para o grupo do lado inferior da renda média mundial”, destacou o pesquisador.

 

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Precisa desenhar?

A diferença de rendimentos do trabalho entre o 1% mais rico da população brasileira e os 50% mais pobres é de 33,8 vezes, recorde na série do IBGE. A diferença não inclui outros rendimentos, muito mais polpudos, da classe alta, como dividendos.

Ainda há quem duvide que a política econômica pós 2015, a da austeridade, não favorece os ricos?

 

Reserva de mercado

Pessoas com ensino superior completo ganham o triplo daquelas com nível médio. Deve ser por isso que o Ministério da Educação quer incentivar o ensino técnico em detrimento do universitário: menos jovens para concorrer com os filhotes da classe média alta.

 

Compra de votos

O presidente da Bolívia, Evo Morales, informou que logo depois de ter “enviado agentes da inteligência” para dar orientações à oposição ao seu governo, em julho deste ano, a Embaixada dos Estados Unidos decidiu apelar, financiando obras em troca de votos contra o Movimento Ao Socialismo (MAS) nas eleições do próximo domingo, 20 de outubro. A denúncia está no site Diálogos do Sul.

 

Monstro

Desde a Constituição de 88, os municípios editaram, em média, 392 normas tributárias por dia; os estados, 163; a União se contentou com 18 normas a cada dia. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), foram mais de 6 milhões de normas editadas durante a vigência da Constituição Federal. Em matéria tributária, foram editadas 403.322 normas, mais de 2,14 por hora (dia útil). Em 31 anos, houve 16 emendas constitucionais tributárias.

Das 6.087.473 de normas gerais editadas, 13,02% estavam em vigor quando a Constituição Federal completou 31 anos. Das tributárias, 6,9% estavam em vigor em 30 de setembro de 2019. A maior parte dos tributos sofreu majoração.

 

Vale o escrito?

A Aneel quer alterar as normas da geração distribuída (solar e eólica na casa do cidadão de bem) em benefício das distribuidoras de energia elétrica. O que o ministro Paulo Guedes tem a dizer sobre a presença sufocante do Estado e à ameaça à segurança jurídica?

 

Rápidas

O IAG – Escola de Negócios da PUC-Rio promove a segunda edição do HR Experience, na próxima terça-feira, a partir das 14h30. Inscrições: bit.ly/32hzpDs *** O deputado estadual Heni Ozi Cukier, líder do Novo na Alesp, lançará seu primeiro livro, Inteligência do carisma, no Rio de Janeiro. Ele pretende desmistificar o tema e explicar como qualquer um pode desenvolver a habilidade. Será neste sábado, às 18h30, na Livraria da Travessa, em Ipanema *** Sábado haverá mais uma edição do Busucão no Caxias Shopping, com feira de adoções, das 10h às 16h *** Nesta quinta, haverá reunião entre as seis principais centrais sindicais brasileiras e o secretário especial da Previdência Social do Ministério da Economia, Rogério Marinho, para discutir relações do mundo do trabalho, tendo como pano de fundo a Revolução 4.0. Será na sede da UGT, em São Paulo, às 14h.

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