Brasileiros acham que impeachment não resolverá crise

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Há empate entre os que acreditam e os que não creem que o processo irá adiante

A maioria dos brasileiros (58%) acredita que o impeachment da presidente Dilma Rousseff não é a solução para os problemas econômicos e políticos do país, revela pesquisa divulgada pelo Instituto Vox Populi e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Percentual semelhante (57%) é favorável ao processo de destituição de Dilma.
Segundo a pesquisa, 35% respondeu que o impeachment resolveria os problemas do Brasil e 7% não soube dizer ou não quis responder o que pensam sobre o processo. Já 38% disse ser contra o afastamento da presidente, e 6% não respondeu. Há um empate (44%) entre os que acreditam que Dilma será destituída e os que acham que o processo não progredirá.
A maioria dos entrevistados não considera que o impeachment seja um golpe (52%), embora 49% concorde com a afirmação de que seria uma vingança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-SP), e 50% concorde que a oposição está sendo oportunista, aproveitando-se do desgaste do governo para tirar a presidente Dilma do poder. Para 36% dos entrevistados há um golpe em curso contra a presidente.
A pesquisa mostra que 61% dos entrevistados avalia negativamente o vice-presidente Michel Temer e apenas 5% positivamente; 33% consideram o vice regular.
O governo Dilma é avaliado negativamente pela maioria dos ouvidos na pesquisa (65%). Para 23%, a gestão da presidenta é regular; e 11% considera o governo positivo. O resultado demonstrou uma queda na avaliação negativa do governo e aumento na avaliação positiva. Em dezembro, o desempenho do governo era considerado negativo para 69% dos entrevistados, e apenas 5% o conside-rava positivo.
Para 45% dos entrevistados, o melhor presidente que o Brasil já teve foi Luiz Inácio Lula da Silva. Em seguida, aparece Fernando Henrique Cardoso, citado por 15%.
A pesquisa foi realizada entre 9 e 12 de abril e ouviu 2 mil pessoas, maiores de 16 anos, em 118 municípios de todos os estados brasileiros, menos Roraima, e no Distrito Federal, de áreas urbanas e rurais, de todos os segmentos socieconômicos e demográficos. A margem de erro do levantamento é de 2,2%.

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