Em diagnóstico realizado em setembro, estudo da edtech Alicerce Educação avaliou 2.763 alunos em todo o país, identificando suas lacunas de aprendizagem, fortemente agravadas após quase dois anos de ensino remoto e isolamento social. Do total de alunos, 2.265 alunos eram crianças entre cinco e 13 anos, 237 eram jovens entre 14 e 25 anos, e 261, adultos com idade superior a 25 anos.
O diagnóstico, realizado nos alunos matriculados no Alicerce, apresenta o índice de defasagem escolar médio, ou seja, a defasagem de conhecimento entre o conteúdo do ano escolar em que o aluno estava matriculado versus o conteúdo que ele efetivamente demonstrou dominar na avaliação.
As crianças apresentaram cerca de 2,2 anos de defasagem escolar em matemática, 1,9 anos em leitura e 1,7 anos em redação. Já os jovens apresentaram uma defasagem escolar média de 4,5 anos em matemática, 3,3 anos em leitura e 4,2 anos em redação. Por fim, o grupo dos adultos, apresentou o maior índice de defasagem escolar versus série, com 5,3 anos de atraso em matemática, seguido de 4,5 anos em leitura e 4,2 anos em redação.
Sob a perspectiva do número total de alunos, mais de 90% apresentam defasagem em leitura, em escrita e em matemática, uma evidência da amplitude do desafio de recuperar a defasagem de alunos de todas as idades e localidades.
O diagnóstico de leitura do Alicerce, em especial, também mostra que os alunos enfrentam maiores dificuldades nos primeiros anos do ensino fundamental I, ou seja, durante o processo de alfabetização, e no primeiro ano do fundamental II, ou seja, no desenvolvimento de habilidades mais complexas de leitura. Essas dificuldades se apresentam em alunos de diversas faixas etárias.
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