O início de ano, para pais que possuem filhos em idade escolar, é uma corrida em direção às compras de material escolar. Dados do Instituto Locomotiva mostram que os brasileiros têm um consumo anual com livros e material escolar de R$ 45 bilhões.
O levantamento aponta que nos últimos três anos houve um crescimento de 32% no potencial de consumo dos itens para volta às aulas. Em 2021, o gasto era de R$ 34,3 bilhões, enquanto em 2022 esse número saltou para R$ 42,3 bilhões.
Ao analisar o potencial de consumo por classe observa-se que a classe B responde por R$ 18,6 bilhões, enquanto a classe C responde por R$ 15,9 bilhões. Já a classe A responde por R$ 5,7 bilhões, e as classes DE R$ 4,9 bilhões.
Já pesquisa da Ecglobal com aproximadamente 700 entrevistados (a maioria entre 35 e 64 anos) apontou que 71% preferem fazer as compras de materiais escolares em lojas físicas.
Itens essenciais como lápis, canetas e cadernos são prioridades para os pais, representando 84%. Por outro lado, materiais como estojo, mochilas e pastas compõem 62%. No que diz respeito à escolha dos materiais, 66% levam em conta fatores como promoção; 56% necessidades específicas; 48% orçamento e 42% influência digital. A estética dos materiais (30%) e as recomendações pessoais (21%) ainda desempenham algum papel, embora tenham impacto menor.
A preferência de compra dos responsáveis é diversificada: além dos que 71% preferem lojas físicas, 49% optam por lojas online especializadas, 48% marketplaces, outros 30% realizam as compras em lojas de departamento, 27% em supermercados e 20% com varejistas eletrônicos. Opções menos populares como eventos locais (17%) e trocas ou vendas de usados (8%) indicam abertura para práticas mais sustentáveis.
Dentre as preferências de marcas, a Faber Castell (23%) lidera a escolha do público, seguida por Tilibra (18%), BIC (11%) e Kalunga (11%).
O estudo também aponta que 68% dos participantes irão comprar eletrônicos para a volta às aulas nos próximos três meses. Dentre os itens preferidos, 48% destacam os fones de ouvidos, 41% notebooks e laptops, 36% pen drives ou dispositivos de armazenamento, 35% calculadoras, 34% tablets e 33% smartphones. No quesito marcas, a Samsung (25%) é a marca mais lembrada, seguida por Dell (7%) e Apple (5%).
Dentre os entrevistados, 52% possuem filho em idade escolar, a maioria (68%) percebe uma diferença na qualidade do ensino entre escolas públicas e privadas, considerando o ensino da escola particular melhor. Ao planejar as matrículas, 41% efetuam ainda em janeiro, porém uma parcela significativa inicia o processo meses antes; 6% começam já em outubro e 10% em novembro. No mês de dezembro foi identificada uma concentração de 30%, sugerindo uma possível estratégia de aguardar o 13º para efetuar o pagamento.
A pesquisa indagou aos pais quais fatores relevantes os levam a escolher uma escola para seus filhos. A qualidade acadêmica foi eleita como critério supremo, representando 41% dos votos. A proposta pedagógica e a metodologia de ensino aparecem como 20% das preferências, enquanto a proximidade geográfica foi votada por 13% dos entrevistados. Preferências como a reputação da escola (10%), infraestrutura (5%) e material pedagógico (5%) permanecem significativas no processo de tomada de escolha.
As transformações no cenário educacional, sobretudo pós-pandemia, influenciaram diretamente as políticas de ensino e na rotina dos alunos da educação infantil. Setenta e um por cento dos pais concordam que a pandemia afetou de forma negativa, dividindo-se entre aqueles que sentem um impacto significativo (37%).
Essa realidade influencia no processo de escolha da instituição educacional, uma vez que os pais levam em consideração as medidas adotadas pelas escolas para minimizar os impactos do ensino remoto. Nesse contexto, 64% dos pais afirmam que algumas medidas foram implementadas, mas a preocupação persiste e 14% expressam que nenhuma medida foi adotada.