Entre todos os atos da visita de Barack Obama ao Brasil, nenhum foi mais emblemático do nível de sensibilidade dos impérios do que, apenas poucas horas depois de mandar bombardear cidades na Líbia, Obama visitar o Cristo Redendor. Vai ver é uma tradição de mandatários estadunidenses. George Bush, por exemplo, contou, com visível orgulho, que, antes de invadir o Iraque, se aconselhara com Deus. Iraque e Líbia, países eleitos pelo Estados Unidos para exportarem sua democracia, têm muitas diferenças. Em comum, porém, gigantescas reservas de petróleo.
Reescrevendo a história
Ao ouvir Obama louvar, no seu discurso no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a resistência dos brasileiros ao golpe de 64, um leitor da coluna viu despertada uma exótica curiosidade: onde teria estado Obama durante os longos 21 anos da ditadura brasileira? Nascido em 1961, o presidente estadunidense pôde acompanhar pelo menos a última fase do período que durou o golpe no Brasil, tempo mais do que suficiente para se informar sobre quem foram os principais apoiadores dos civis e militares que tomaram o poder pelas armas. Caso tenha interesse em aprofundar o tema, poderá consultar, em seu próprio país, documentos já liberados aos pesquisadores, como os da Operação Brother Sam.
Criança diz cada uma
Uma criança, de nove/dez anos, moradora da Cidade de Deus, planejava entregar uma carta ao presidente estadunidense, Barack Obama. A mensagem começava bem: falava da importância da visita à comunidade. E, a seguir, a menina explicava: com a visita, limparam as ruas, pintaram os muros…
Medalha de lata
Enquanto o governador do estado, Sérgio Cabral (PMDB), e o prefeito da capital, Eduardo Paes (PMDB), posam de tietes do presidente Barack Obama e “plantam” factóides na imprensa amiga sobre os mais variados assuntos, o Rio de Janeiro ostenta a trágica condição de recordista em casos de tuberculose no país. A situação é tão grave que a taxa de infecção no estado, de 68 pessoas por 100 mil habitantes, é o dobro da média nacional e 14 vezes a considerada aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Anualmente são notificados aproximadamente 72 mil casos novos e 4,7 mil mortes no estado.
Calamidade
Diante desse quadro, na próxima quinta-feira, quando transcorre o Dia Mundial da Luta contra a Tuberculose, a Farmanguinhos/Fiocruz promove, junto com o Ministério da Saúde, o Fundo Global de Tuberculose e as secretarias de saúde, uma série de atividades para discutir o problema e buscar formas mais eficazes para controlar a doença. Em todo o Brasil, já existem cerca de 57 milhões de pessoas vitimadas pela tuberculose.
Turismo
Os cursos de Turismo e Hotelaria da UniverCidade realizam de terça a quinta-feira várias aulas inaugurais, abertas ao púiblico. A assessora especial do Ministério dos Esportes e ex-presidente da Embratur, Jeanine Pires, e o gestor de pessoas dos Jogos Militares, Oton Lima, falam 9h30 desta terça no Teatro da Cidade ,em Ipanema (Av. Epitacio Pessoa,1664) sobre “Esporte e Turismo”. O professor Bayard Boiteux, diretor do curso de Turismo, vai apresentar pesquisa que será desenvolvida nos próximos meses para avaliar os impactos dos eventos esportivos na população e na economia cariocas.
Participação
O Movimento Niterói Como Vamos – formado por todos os segmentos da sociedade civil da cidade fluminense – realiza na próxima quinta-feira, a partir das 16h30, o seminário “Cidades Sustentáveis: Sociedade, Mobilização e Cidadania”. Na ocasião, o Movimento fará o seu lançamento oficial junto à população. O objetivo é informar e mobilizar o cidadão sobre a importância e a necessidade da participação da sociedade civil nos cuidados e na gestão da cidade. O evento será no auditório da Ampla (Praça Leoni Ramos, 1 São Domingos, Niterói, RJ).
Só na rede
Diz-se que na guerra, a primeira vítima é a verdade. No Oriente Médio, a rede Al-Jazeera ajudou a minimizar este problema na invasão do Iraque e na Palestina. Mas no ataque à Líbia, comporta-se como as grandes redes de (des)informação internacionais. Para quem deseja conhecer “o outro lado”, restam blogs e sites.
