O fechamento anual do Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito da Serasa Experian do acumulado de 2023 indicou queda em todos os estados do Sudeste. A menor retração ficou com Espírito Santo (-4,5%) e, Rio de Janeiro, com a maior (-17,0%).
Na visão nacional, a queda foi de 9,1% no acumulado do ano na busca por recursos financeiros, o menor percentual já registrado desde o início da série histórica.
“Após 2022, este é o segundo ano seguido de retração. Os ‘culpados’ por afastarem os brasileiros do mercado de crédito em 2023 foram as taxas pouco atrativas, impactadas pela alta da Selic, além da inadimplência elevada”, comenta o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Na análise por renda pessoal mensal do indicador, foram os brasileiros que recebem até R$ 500 que apresentaram a queda mais expressiva (-11,4%) e, aqueles ganham mais de R$ 10 mil por mês, a menor (7,1%).
Ainda segundo o indicador, todas as regiões registraram queda na busca por recursos financeiros no acumulado de 2023, com destaque para o Distrito Federal (17,7%), o Amapá (-17,5%) e o Rio de Janeiro (-17,0%). Apenas Santa Catarina ficou abaixo dos 3% de retração.
Já segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias com dívidas, em atraso ou não, ficou em 78,1% em janeiro deste ano. A taxa ficou acima dos 77,6% de dezembro e dos 78% de janeiro de 2023.
A parcela de famílias inadimplentes, isto é, aquelas endividadas que têm contas e dívidas em atraso, recuou em janeiro. Os 28,3% registrados no mês são o menor percentual desde março de 2022. Em janeiro de 2023, a taxa havia sido 29,9%, enquanto em dezembro, ficou em 28,8%.
O total de famílias que não terão condição de pagar suas contas ficou em 12% em janeiro deste ano, abaixo dos 12,2% de dezembro, mas acima dos 11,6% de janeiro de 2023.
As famílias com renda de cinco a dez salários mínimos foram as únicas com redução no endividamento. Por outro lado, também foi a única faixa de renda com aumento da inadimplência.
Entre os principais responsáveis pelo endividamento do consumidor estão o cartão de crédito (86,8%), os carnês (16,2%), o crédito pessoal (9,7%) e os financiamentos de casa e de carro (8,4%).
Com informações da Agência Brasil