A manutenção por cerca de uma década e meia de um crescimento pífio, cuja média anual se arrasta ao redor de 2%, faz o Brasil entrar em forte viés de baixa na imprensa internacional. Um dia depois de o Financial Times afirmar que o “crescimento vagaroso” do Brasil puxa para baixo a média dos países em desenvolvimento e ameaça transformar a sigla Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) em RIC, sexta-feira foi a vez da The Economist. Uma das bíblias do pensamento neoliberal, a revista britânica, numa matéria intitulada “The new titans” (“Os novos titãs”) não cita o Brasil entre as nações que, no entender de analistas ouvidos pela publicação, impulsionarão o crescimento mundial nos próximos anos: “China, Índia e outros países em desenvolvimento estão prontos para ajudar a economia mundial a entrar na fase de maior crescimento de toda a sua história”, afirma a revista, sem mencionar o Brasil, numa matéria em que também questiona qual será o significado dessa mudança para o futuro dos atuais países desenvolvidos.
Luz à frente
O consumo crescente e a produção declinante de borracha natural constituem um problema que vem preocupando as indústrias consumidoras desse produto no Brasil e no mundo. O país, que já foi o principal fornecedor mundial, responde hoje por apenas 1% da produção. O Sudeste asiático é o maior produtor, posição assumida após um dos primeiros casos de biopirataria de que se tem notícia, ainda no Século XIX. Atualmente, o Brasil importa mais de 60% do látex consumido pela indústria nacional.
O quadro de declínio pode estar mudando. Segundo a Embrapa, uma ampla área compreendida entre o Centro-Oeste e o Sudeste tem clima adequado ao cultivo da seringueira. Para estimular o interesse de produtores e investidores no negócio, o Instituto Tecnológico da Borracha (IteB) e a Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec) vão realizar no dia 22, na sede da Firjan, o seminário Inovação Tecnológica no Agronegócio da Borracha Natural.
Qualidade
No Brasil, 17 estados avaliam o seu sistema educacional, e são os que possuem ensino de melhor qualidade, afirmou o secretário chefe de Gabinete da governadora Rosinha Garotinho, Fernando Peregrino. Além disso, 51 países também fazem esse tipo de trabalho. Para Peregrino, que desmentiu notícia sobre o fim da avaliação no Rio de Janeiro, a decisão sobre o futuro do programa cabe ao próximo governador, “mas não se pode perder a qualidade da educação oferecida e nem levar intranquilidade aos profissionais”.
Reconhecimento
Godofredo Pinto, professor e atual prefeito de Niterói (RJ), será homenageado no Happy Hour Empresarial da ADVB, nesta terça-feira. O encontro reúne lideranças para destacar trabalhos que contribuam para o desenvolvimento social e econômico do país. Aleksander Santos, presidente da entidade, justificou a homenagem fazendo referência à carreira política do prefeito, “sempre baseada em valores ético-administrativos rigorosos, honestidade e transparência”. O encontro acontecerá no Jockey Club Brasileiro.
Cartório
Uma concessão de rádio FM – que antigamente era distribuída a políticos amigos do governo – não custa hoje, em cidades com mercado consumidor mediano, menos de R$ 4 milhões, quando feita licitação. Às vésperas da eleição, o Governo Federal se preparar para distribuir canais de TV digital sem cobrar um tostão – mas apenas para os felizardos que no passado, igualmente sem desembolsar um centavo, levaram para casa concessão de TV analógica.
Sotaque que define
Sob a alegação de estimular a participação de outros países no sistema, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, anunciou que pretende mudar o nome do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) para uma denominação mais internacionalizada. Como anteriormente, Costa afirmara que os países que o Brasil buscaria integrar ao sistema eram os da América Latina, espera-se que o novo SBTVD esteja mais para Brasileño ou Latino do que para Brazillian.