Alguma força superior obrigou o grupo italiano Cirio a fazer oferta

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pública para adquirir as ações da Peixe S.A., que foi formada somente com a parte podre da Indústrias Alimentícia Carlos Brito – Fábrica Peixe. O pagamento de R$ 58,44 beneficiará principalmente as instituições bancárias que transformaram as dívidas em posições de ações ordinárias, de vez que os minoritários possuem apenas 0,6% deste tipo de papel. E os maiores possuidores de ações são: BMC Assistência Financeira Ltda, com 15,93%; Bylbao Vizcaya, Argentaria Brasil, com 11,04%; Barclays Galícia, com 8,27%; Pontual, com 6,04%; Bahia de Investimentos, com 4,97%; Mercantil de Pernambuco, com 4,12%; Norchem Commodities, com 3,41%; Crédito Real de Minas Gerais, com 3,07%; Baneb, com 2,66%; BMD, com 1,69% e Bicbanco, com 1,41%.

Por ter ficado somente com a parte podre, no balanço do primeiro semestre do ano passado a Peixe apresentou patrimônio negativo de aproximadamente R$ 75 milhões. Desta vez, os acionistas minoritários serão beneficiados, pois detêm 75,44% das ações preferenciais.

O interessante é que alguns desses bancos privados acionistas da Peixe foram liquidados, enquanto os estaduais foram privatizados.

Carlos Eduardo de Freitas, diretor de Finanças Públicas e Regimes Especiais do Banco Central, reconheceu que, no caso da liquidação do Bamerindus, para uma dívida de R$ 795 mil, os liquidantes do banco aceitaram um imóvel posteriormente avaliado em apenas R$ 22 mil. O que ficou difícil de entender foi a afirmação de Freitas segundo a qual “o Banco Central não é responsável pela gestão e administração dos bancos em liquidação”. Acontece que é o BC quem nomeia os liquidantes.

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O governo canadense continua subsidiando explicitamente a produção de jatos da Bombardier, mas exige que o Brasil pague pesada multa por proceder de maneira semelhante com a Embraer. Os canadenses, no entanto, não querem que as relações comerciais com o Brasil sejam afetadas. O pitoresco é que,  após reunião de 40 minutos entre John Manley, ministro de negócios estrangeiros do Canadá, e Luis Filipe Seixas Corrêa, ministro interino de Relações Exteriores do Brasil, os dois chegaram à conclusão de que o ideal seria que o caso Embraer/Bombardier não atrapalhasse as relações comerciais entre os dois países. O chanceler brasileiro reconhece, no entanto, que será difícil isolar a questão, pois a exportação de aeronaves de pequeno porte é, em valores, o ponto mais importante da pauta das vendas externas brasileiras, superando até as de minério de ferro.

No dia 1º de fevereiro, na reunião do Órgão de Solução de Controvérsias da Organização Mundial de Comércio, em Genebra, o Brasil vai, então, solicitar providências sobre a iniciativa do governo canadense de subsidiar explicitamente a produção de jatos da Bombardier.

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