O primeiro acontecimento deste ano, dentro do processo de globalização,

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deixou o analista português, Armando Belo Pinto, em estado de bestificação total. Seu primeiro e principal choque foi quando tomou conhecimento de que as autoridades responsáveis pela regulação e fiscalização das atividades do mercado de capitais de determinado país, assistiram com a maior passividade uma das mais interessantes operações que proporcionou gigantescos lucros no início deste ano. Depois de analisar toda a operação, Belo Pinto só murmura: “fosse nos Estados Unidos, um país sério, todos os participantes teriam grandes complicações.”

O analista português começou a não entender patavinas quando soube que a instituição financeira estrangeira contratada nada cobrou pelos estudos realizados para grupo europeu, que pagou ágio elevadíssimo para adquirir instituição bancária privatizada naquele determinado país. Armando começou o processo de abestalhamento quando leu no New York Times que a cobrança não foi realizada só por causa do ágio.

Belo Pinto, no entanto, começou a achar esquisito quando no início de dezembro, circularam rumores que a tal instituição estava se desfazendo de toda a sua carteira de ações no mercado à vista para comprar índice no mercado futuro. Devido ao desfavorável cenário mundial, o português como a maioria dos analistas, não encontrou motivos para uma súbita valorização das ações.

O tempo passou e, no final do ano passado, veio a surpresa: o grupo europeu resolveu fazer oferta pela totalidade das ações da instituição adquirida no leilão. O índice teve grande valorização, mas a grande surpresa foi saber que o coordenador da tal oferta pública era a mesma instituição financeira que tinha dispensado o pagamento pelos serviços prestados.

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O pitoresco: a tal instituição financeira vendeu um lote de ações de emissão do grupo europeu e derrubou as cotações.

O processo de globalização entra na sua fase mais interessante: agora, devido à dificuldade de captação de recursos, é um tal de enviar notícias para a imprensa anunciando futuras fusões. E a Telefónica S.A está sendo o principal alvo. Por causa disso, a Comission Nacional del Mercado de Valores obrigou o grupo a esclarecer a notícia sobre possível operação societária entre as controladas da Telefónica S.A., Terra Networks S.A. e TPI (Paginas Amarillas) S.A.. Assim, a Telefónica afirmou que – sem prejuízo dos estudos que vem sendo apresentados a ela, de forma unilateral e sem solicitação prévia por distintos bancos de investimentos, sobre esta e outras muitas possíveis operações societárias – até o presente momento nenhum órgão diretivo de nenhuma das companhias implicadas submeteu a analise à realização de uma possível operação societária entre a Terra Networks, S.A. e a TPI (Paginas Amarillas) S.A.).

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