A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, aprovou um pedido de empréstimo externo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de US$ 300 milhões (R$ 1,63 bilhão) para o Banco do Nordeste (BNB). A relatora, Janaína Farias (PT-CE), explicou que recursos deverão ser empregados no financiamento de obras e projetos de infraestrutura na área de abrangência do Banco do Nordeste. O pedido seguiu para votação no Plenário do Senado, divulgou a agência de notícias do Senado nesta terça-feira.
Com 71 anos de fundação, o BNB é um banco brasileiro de desenvolvimento regional, organizado sob a forma de sociedade anônima de economia mista, com capital aberto, tendo mais de 90% de seu capital sob o controle do Governo Federal. O banco, com sede em Fortaleza (ceará), encerrou o primeiro trimestre de 2024 com resultado operacional de R$ 942,3 milhões, de acordo com balanço divulgado em maio. O valor representa acréscimo de 12,2% em relação ao resultado do mesmo período de 2023. O lucro líquido de R$ 500,7 milhões, corresponde a 99,6% do resultado líquido do primeiro trimestre do ano anterior.
Há cinco dias, o Banco do Nordeste reportou ter alcançado resultado histórico no Plano Safra da Agricultura Familiar 2023/2024. Foram R$ 8,7 bilhões aplicados, o equivalente a 87% a mais do que o realizado no exercício anterior. Os valores estão pulverizados em mais de 665 mil operações de crédito. O resultado superou a própria meta do banco e representou 102,4% dos R$ 8,5 bilhões projetados até o final de junho.
O presidente do BNB, Paulo Câmara, destaca que o crédito de qualidade chegou a quem precisa de apoio financeiro para continuar produzindo alimentos para a mesa dos brasileiros. “Temos a satisfação de cumprir antecipadamente o desafio proposto pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para o Plano Safra, o que comprova que estamos no caminho certo. A aplicação dos recursos em atividades produtivas no meio rural é a concretização da missão do Banco do Nordeste de promover o desenvolvimento da região, priorizando segmentos com pouco acesso ao sistema bancário tradicional”, afirma o executivo.
Câmara acrescentou que o crédito aplicado pela instituição leva em consideração fatores ambientais e sociais. “O diferencial da ação creditícia do BNB é o incentivo à produção sustentável de alimentos saudáveis, à mecanização e tecnificação para redução da penosidade do trabalho no campo e o compromisso com a ampliação do atendimento a empreendimentos de agricultoras familiares, visando a equidade de gênero”, ressalta.
Entre as iniciativas do Banco do Nordeste para a expressiva ampliação dos resultados frente ao exercício anterior estão a expansão do atendimento do Agroamigo, programa de microfinança rural do BNB, que cresceu o quantitativo de agentes em menos de um ano, e que
atua com microcrédito rural em toda área de atuação da instituição. O número passou de 1.066 no ano passado para 1.285.
O Plano Safra 2023/2024 é um programa do Governo Federal para apoiar o setor agropecuário, oferecendo linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para os produtores rurais, desde os agricultores familiares até os mega produtores. No âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estão o crédito rural e os programas destinados a médios e grandes produtores.
No início de junho, o Banco do Nordeste reafirmou sua participação no ranking das 100 marcas mais valiosas do Brasil, divulgado pela consultoria Brand Finance, referência global nesse tipo de avaliação. A instituição financeira subiu 14 posições em 2023 na comparação com a classificação obtida no ano anterior, alcançando agora a posição de número 55.
A Brand Finance tem escritório em mais de 20 países. A consultoria internacional considera fatores como desempenho financeiro, influência de mercado, força da marca e potencial de crescimento para determinar a posição das empresas em seu ranking.
