O mercado de trabalho formal na região metropolitana do Rio de Janeiro fechou o mês de novembro com 100.986 admissões, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho. No período, a região registrou 90.462 demissões, resultando em um saldo positivo de 10.524 empregos formais.
Rio de Janeiro se destacou como o município que mais contratou, com 70.736 admissões na região. Niterói teve um desempenho expressivo, com 5.812 contratações, seguido por Duque de Caxias, que registrou 5.563 admissões.
No saldo de empregos, o Rio de Janeiro também liderou, com a criação de 6.835 novas vagas formais.
O setor de serviços foi o principal motor da geração de empregos na região, com 57.576 admissões no período.
O perfil dos trabalhadores admitidos mostra que as contratações foram predominantemente de homens, que representaram 55,08% dos novos empregos (55.628), enquanto as mulheres ficaram com 44,92% (45.358). Em relação à escolaridade, a maioria dos contratados (69,21%) possuía Ensino Médio completo. Jovens entre 18 e 24 anos representaram 26,36% das admissões.
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro inclui os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópolis, Queimados, Seropédica, São Gonçalo, São João de Meriti, Tanguá, Cachoeiras de Macacu, Rio Bonito e Rio de Janeiro.
O mercado de trabalho temporário no Brasil manteve um bom desempenho em novembro, com a criação de 105.601 vagas nesta modalidade, de acordo com os dados do Caged. No Estado do Rio de Janeiro foram 3.538 admissões, sendo 3.096 na região metropolitana da capital.
O destaque ficou para o grupo de trabalhadores de serviços administrativos, responsável por 43.212 admissões. Esse segmento inclui funções como escriturários e trabalhadores de atendimento ao público, muito demandados em períodos de maior movimentação nas empresas, como no final do ano.
A maioria das vagas nacionais foi ocupada por mulheres (55.043), enquanto os homens representaram 50.558 admissões. O Ensino Médio completo foi o nível de escolaridade predominante, com 83.634 trabalhadores contratados nessa faixa. Jovens entre 18 e 24 anos formaram o maior grupo etário, totalizando 36.383 admissões.
“A modalidade de trabalho temporário continua sendo uma importante estratégia para empresas de diversos setores, que precisam reforçar suas equipes para atender a picos de demanda. Ao mesmo tempo, a criação dessas vagas representa uma oportunidade para muitos trabalhadores ingressarem no mercado formal, com possibilidades de efetivação ao término dos contratos”, explica Matheus Santos, gerente da Employer Recursos Humanos no Rio de Janeiro.
Especificamente, o setor supermercadista do estado abriu 1.210 postos de trabalho formais em novembro, sendo este o saldo entre o número de contratações e o de demissões. Foi o sétimo mês consecutivo de abertura de vagas no setor e o melhor resultado do ano. Entretanto, o desempenho do penúltimo mês do ano ficou abaixo do observado em novembro de 2023, quando o segmento abriu 1.744 postos de trabalho. A consultoria econômica da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) analisou os dados do Caged.
Em nível nacional, também foi observada abertura de vagas no setor em novembro pelo décimo mês consecutivo (17.027), o melhor saldo do ano. Todas as 27 unidades da Federação registraram saldo de contratações no período. Na comparação com os outros estados, o Rio de Janeiro ocupou a sexta posição no ranking nacional, liderado por São Paulo (4.102), e a terceira no ranking regional, atrás, também, de Minas Gerais (2.673), mas à frente do Espírito Santo (299).
No acumulado do ano, os supermercados do Estado do Rio de Janeiro geraram 4.270 empregos de carteira assinada, sendo este o saldo entre o número de contratações e o de demissões. O desempenho neste ano foi quase o dobro (92,2%) do observado no mesmo período de 2023, quando o setor abriu 2.222 postos de trabalho no estado.
Na avaliação do presidente da Asserj, Fábio Queiróz, as celebrações de fim de ano aceleraram a abertura de vagas de emprego, inclusive de temporários, que podem ser efetivados quando desempenham um bom trabalho.
“O varejo supermercadista tem um papel central no mercado de trabalho formal, sendo, em alguns casos, a porta do primeiro emprego formal. Muitos brasileiros têm a carteira assinada pela primeira vez em nosso setor. Além de ser um orgulho para os trabalhadores, impulsiona a economia e possibilita a tomada de créditos. Até o momento, geramos mais de 4 mil empregos formais no estado, esse desempenho é quase o dobro do obtido em 2023, o que comprova a relevância do nosso setor para a economia do estado e para a sociedade na totalidade”, comemora o executivo.
Em nível nacional, o setor supermercadista também gerou empregos formais no acumulado do ano até novembro (51.937), e quase o dobro (95%) do obtido no mesmo período do ano passado (26.633). Todas as 27 unidades da Federação registraram saldo de contratações este ano, à exceção do Maranhão (-574). Na comparação com outros estados, o Rio de Janeiro ocupou a quarta posição no ranking nacional de empregos no acumulado do ano até novembro no setor, a liderança ficou com São Paulo (13.510), e a terceira no ranking regional, atrás, também de Minas Gerais (6.431), mas à frente do Espírito Santo (110).