A Caixa divulgou, nesta quarta-feira, os resultados do primeiro trimestre de 2025. O banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,9 bilhões no período, aumento de 71,5% na comparação com o 1T24 e 7,9% em relação ao 4T24. O lucro líquido contábil alcançou R$ 5,8 bilhões no 1T25, aumento de 133,9% na comparação com o 1T24 e 27,5% na comparação com o 4T24.
A margem financeira alcançou R$ 16 bilhões no 1T25, aumento de 4,8% na comparação com o 1T24, influenciado pelo aumento das receitas da intermediação financeira. Na comparação com o 4T24 houve redução de 2%. No 1T25, as receitas de intermediação financeira somaram R$ 55,1 bilhões, aumento de 20,7% em relação ao 1T24 e de 8,2% quando comparado ao 4T24.
As despesas de intermediação financeira alcançaram R$ 39,1 bilhões no 1T25, crescimento de 28,8% em relação ao 1T24 e 12,9% em comparação ao 4T24.
A provisão para perdas associadas ao risco de crédito alcançou o valor de R$ 2,1 bilhões no 1T25. A redução nas despesas relacionadas à constituição de provisões para perdas esperadas associadas ao risco de crédito, reflete a maior acurácia dos modelos internos de mensuração de risco, em conformidade com os critérios estabelecidos pela Resolução CMN nº 4.966/21. Tal evolução evidencia a robustez da carteira de crédito e a efetividade das práticas de gestão de riscos implementadas no contexto preparatório para a adoção integral dos dispositivos normativos mencionados.
O desempenho da margem financeira aliado à redução de provisão para perdas associadas ao risco de crédito contribuiu para que o resultado da intermediação financeira obtivesse crescimentos de 34,7% na variação 12 meses e de 19,3% no trimestre, alcançando R$ 13,9 bilhões.
As receitas de prestação de serviços (RPS) totalizaram R$ 6,5 bilhões no 1T25, reduções 11,5% no trimestre e 1,4% em 12 meses. Destacam-se os aumentos de 9,3% em receitas de produtos de seguridade, 8% em receitas com contas corrente e tarifas bancárias e 6,0% em receitas com cartões quando comparado ao 1T24.
Carteira de crédito
As despesas administrativas (despesas de pessoal e outras despesas administrativas) totalizaram R$ 10,9 bilhões no 1T25, reduções de 4,9% em relação ao 1T24 e de 8,2% quando comparado ao 4T24. No trimestre, a redução foi impactada pelas diminuições de 15,5% em outras despesas administrativas e 4,6% em despesas de pessoal.
A carteira de crédito encerrou março de 2025 com saldo de R$ 1,266 trilhão, crescimento de 10,7% em relação a março de 2024 e 2,4% quando comparado a dezembro de 2024. Destaque para os aumentos em doze meses de 12,7% no setor imobiliário, 9,9% em agronegócio e 6,7% no saneamento e infraestrutura.
O índice de inadimplência da carteira de crédito total encerrou março de 2025 em 2,49%, aumento de 0,15 p.p. em relação a março de 2024 e 0,51 p.p. quando comparado a dezembro de 2024. A cobertura da provisão finalizou o trimestre em 173,9%, redução de 15,5 p.p. em comparação a março de 2024 e de 30,2 p.p. em relação a dezembro de 2024.
A carteira de crédito total da Caixa possui 92,1% de seu saldo com o menor risco, com grande concentração em operações de longo prazo, principalmente por conta da carteira imobiliária, que corresponde a 67,2% da carteira total.
A Caixa é o banco que apoia o brasileiro na conquista da casa própria, mantendo a liderança de mercado no segmento imobiliário, com 66,8% de market share em financiamentos imobiliários totais, além de principal operador do Programa MCMV, com mais de 99% de share.
Destaca-se a qualidade da carteira imobiliária, com índice de inadimplência da carteira em 1,42% ao final de março de 2025, redução de 0,3 p.p. na comparação com março de 2024.