Caixa: Se Selic cair, juros do crédito imobiliário podem diminuir mais

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A taxa do crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal continuará a cair caso o Banco Central reduza mais vezes a taxa básica de juros, a Selic.

"Nós reagiremos a quaisquer movimentos de redução da taxa de juros pelo Banco Central. Se o BC continuar reduzindo juros, nós seguiremos essa redução", disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao divulgar a redução de juros do crédito imobiliário.

No dia 18 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu pela segunda vez seguida a taxa Selic, que dessa vez passou de 6% para 5,5% ao ano.

Hoje, a Caixa anunciou a redução de até 1 ponto percentual nas taxas de juros para os financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE). A menor taxa passou de 8,5% ao ano para 7,5% ao ano e a maior: de 9,75% ao ano para 9,5% ao ano. As novas taxas serão válidas a partir da próxima segunda-feira (14).

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Segundo Guimarães, a redução anunciada hoje é "uma reação à redução consistente dos juros" pelo Banco Central. "Se acreditássemos que a redução não fosse consistente não teríamos baixado", disse.

Sobre a linha de financiamento imobiliário, lançada recentemente, com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o presidente da Caixa disse que não há previsão de redução de juros, por pelo menos, seis meses, mesmo que a Selic fique menor. Segundo ele, no momento, o banco estuda a securitização do crédito. "Neste momento, queremos conversar sobre vender esse crédito. Não pretendemos reduzir a taxa do IPCA pelos próximos seis meses pelo menos, até a gente testar a securitização", disse.

Foram financiados, nas modalidades de aquisição e construção, 26,4 mil imóveis em agosto, 6% mais do que em julho e 17,3% acima do registrado em agosto de 2018. Este também foi o melhor resultado mensal de 2019.

Entre janeiro e agosto de 2019, os recursos do SBPE propiciaram a aquisição e a construção de 180,5 mil imóveis, com aumento de 27,6% em relação a igual período de 2018.

Analisando os últimos 12 meses encerrados em agosto de 2019, nota-se que foram financiadas a aquisição e a construção de 267,5 mil unidades, 34% mais do que nos 12 meses anteriores, quando 199,6 mil unidades foram objeto de financiamento bancário.

Após o desempenho negativo de julho, a captação líquida da poupança SBPE ficou positiva em R$ 1,03 bilhão em agosto.

Mas, no período compreendido entre janeiro e agosto de 2019, a poupança SBPE apresentou volume de saques superior ao de depósitos, mostrando captação líquida negativa de R$ 12,0 bilhões.

Em decorrência do crédito de rendimentos dos depósitos de poupança, o saldo das cadernetas continuou crescendo e atingiu, em agosto, R$ 624,6 bilhões, alta de 5,8% comparativamente a igual período do ano passado.

Para Gustavo Vaz, CEO da EmCasa, proptech de compra e venda de imóveis, essa movimentação positiva é uma grande oportunidade para as pessoas que há tempos esperam para comprar a casa própria.

"O mercado já vem sentindo a melhora, registrando seus melhores desempenhos dos últimos 10 anos" de acordo com Gustavo Vaz, CEO da EmCasa.
Para acompanhar a redução da taxa mínima de bancos como Itaú e Bradesco, a Caixa Econômica Federal cortou hoje suas taxas indexadas à TR, de 8,50% para 7,50%.

Para Vaz, o movimento de cortes impulsionados pela Selic juntamente com a nova modalidade de crédito imobiliário atrelado ao IPCA deve aquecer o mercado:

"O importante é sabe qual a melhor opção de crédito para cada perfil. A modalidade atrelada ao IPCA tem custo menor para financiamentos de curto prazo", afirma.

 

Com informações da Agência Brasil

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