A taxa de câmbio da moeda chinesa, o iuane, caiu pelo 11º dia consecutivo nesta sexta-feira para o seu nível mais baixo em oito anos e meio.
Segundo o Sistema do Comércio de Divisas da China, a taxa de paridade central do iuane reduziu 104 pontos-base para 6,8796 ante o dólar norte-americano.
A China ainda pode permitir uma desvalorização mais acentuada do iuane diante da possibilidade de um aumento da taxa de juros das Reservas Federais dos EUA previsto em dezembro, e de uma maior pressão monetária provável do novo governo dos EUA no próximo ano, informou um relatório do UBS.
“Pensamos que o iuane ficará em 6,9 no final do ano e 7,2 no final de 2017”.
Li Daokui, professor de Economia da Universidade Tsinghua, disse que o iuane deverá enfraquecer entre 3% a 5% em 2017 em relação ao dólar.
Apesar das quedas recentes, analistas descartaram a possibilidade de desvalorização sustentada do iuane no longo prazo, uma vez que os fundamentos econômicos do país permanecem sólidos e a China continua a progredir na reestruturação econômica.
Dados oficiais mostraram que o Produto Interno Bruto da China expandiu 6,7% em termos anuais no terceiro trimestre, a mesma taxa em comparação com os primeiros dois trimestres.
A economia da China deverá crescer firmemente no quarto trimestre, disse Mao Shengyong, porta-voz do Departamento Nacional de Estatísticas.
No mercado de divisas à vista da China, o iuane tem permissão para se valorizar ou desvalorizar 2% cada pregão em relação à taxa de paridade central.
A taxa de paridade central do iuane ante o dólar é baseada na média ponderada de preços oferecidos por market makers antes da abertura do mercado interbancário todos os dias úteis.
Agência Xinhua