Camex amplia número de tipos de aço com cotas de importação

Produção nacional avançou 5,3% em 2024, mas cenário externo impõe desafios com queda nas exportações, alta nas importações e tarifas mais agressivas dos EUA

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Aço (Foto: Maxim Norland/Sxc.Hu)
Aço (Foto: Maxim Norland/Sxc.Hu)

Pelos próximos 12 meses, 23 produtos de aço estão submetidos a cotas de importação, pagando 25% para entrar no país quando os volumes forem superados.

O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) renovou por mais um ano as medidas de proteção da indústria siderúrgica nacional em vigor desde 2024.

Além de aprovar a renovação, o Gecex-Camex aprovou a extensão da alíquota de 25% para quatro tipos de aço, totalizando 23.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), esses quatro produtos foram incluídos porque foi identificado aumento expressivo nas importações no último ano, indicando que passaram a ser usados como substitutos dos itens originalmente tarifados.

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Assim como no ano passado, o sistema de cotas foi mantido até determinados volumes de importação. Enquanto o limite de volume não for atingido, os produtos entram no país pagando de 9% a 16% de Imposto de Importação. Caso o teto seja superado, vigora a tarifa de 25%.

“O estabelecimento de cotas busca reduzir os impactos nos setores que usam o aço em sua cadeia produtiva – como construção civil, automóveis, bens de capital e eletroeletrônicos”, informou o ministério em nota.

A pasta esclareceu que foram excluídas do cálculo as importações feitas com base em acordos comerciais ou por meio de regimes especiais.

Para renovar e ampliar os tipos de produtos de aço abrangidos pelo sistema de cotas, o Mdic aplicou os critérios técnicos usados nas decisões anteriores. A tarifa de 25% abrange os itens cujo volume de compras externas superou em 30% a média das compras ocorridas entre 2020 e 2022.

Os quatro novos tipos de produtos de aço submetidos às cotas de importação serão detalhados posteriormente pela Camex.

Embora o uso do aço no Brasil esteja em constante crescimento – com produção de 33,7 milhões de toneladas em 2024, segundo o Instituto Aço Brasil – o setor enfrenta desafios, principalmente no mercado externo. A queda nas exportações (-18,1%), o aumento das importações e as novas tarifas de 25% impostas pelos EUA impõem limites à competitividade internacional, exigindo estratégias ágeis e investimento contínuo em tecnologia e eficiência.

Com informações da Agência Brasil

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