Um grande esquema de venda de dados pessoais extraídos do INSS, das Forças Armadas e do serviço federal foi revelado pela BandNews FM, em reportagem que mostra que podem ser obtidas informações de autoridades como o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sérgio Moro. São número de telefones, CPF, RG, endereços, dados bancários, salário e ainda informações de parentes.
Segundo a rádio, tudo é negociado diariamente por sites, que são utilizados, na maioria das vezes, por empresas de telemarketing. Parte das páginas sequer aparece nas buscas do Google, para não levantar suspeita. O preço varia conforme o tipo de pacote: planos mensais, que podem custar entre R$ 75 e R$ 100, ou compra de um número fechado de consultas – mil custam R$ 300.
O esquema é alvo de uma investigação aberta no ano passado pela Polícia Federal, mas até agora apenas dois sistemas foram descobertos.
Varejo e atacado
A venda de informações que constam de bancos de dados oficiais dificilmente pode ser feita sem participação de gente de dentro. Mas, ainda que preocupante, é apenas uma gota no oceano da comercialização de dados pessoais que hoje movimenta o mundo.
Neste campo, brilham gigantes da internet, como Google e Facebook, que sabem muito mais sobre a vida de cada um do que qualquer serviço de informações – a não ser aqueles com acesso às bases dessas empresas – sonha ter.
Desidratação
Os governadores – especialmente, mas não somente, do Nordeste – querem tirar do projeto de reforma da Previdência o sistema de capitalização. O corte no BPC e as mudanças na aposentadoria rural já são favas contadas: não passam no Congresso.
Rápidas
A Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) realiza nessa quinta-feira o [email protected] 2019, em comemoração aos seus 60 anos. O evento discutirá o compromisso com a ética e a transparência e – sinal dos tempos – acontecerá na sede do Google, em São Paulo *** Joaquim Levy, presidente do BNDES, e Marcelo Barbosa, presidente da CVM, participam nesta quarta, às 9h, da cerimônia de abertura da 10ª edição do Congresso de Fundos de Investimento, realizado pela Anbima na Bienal de São Paulo *** Desde o final de março, não se consegue mais fazer consultas às notas fiscais eletrônicas de 13 estados – inclusive Rio e SP – por meio da Sefaz. Uma alternativa é o Arquivei Lite, da Arquivei, que permite até 500 consultas mensais.