O carioca terá uma ceia de Natal menor e mais modesta do que a do ano passado, principalmente por causa da pandemia, que vai afastar os familiares das comemorações domésticas. É o que mostra pesquisa feita pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que ouviu 350 consumidores que procuraram seus postos de atendimento entre 20 de outubro e 30 de novembro.
Dos entrevistados 52% disseram que a ceia será menos farta; 44% que será igual e 4% que será mais farta. Eles apontaram a pandemia, o desemprego e a queda de renda familiar como as principais causas dos problemas financeiros que estão enfrentando.
Mesmo diante desse cenário difícil 75% dos entrevistados pretendem gastar até R$ 300 com a ceia de Natal; 20% entre R$ 350 e R$ 450 e 5% acima de R$ 500; 71% pretendem pagar as suas despesas com cartão de crédito parcelado; 23% com cartão alimentação, 5% à vista e 1% com cheque pré-datado. Entre ceia e presentes de Natal 65% dos consumidores ouvidos pretendem comprometer até 15% da sua renda; 28% entre 16% e 30%; 7% acima de 35%.
Os produtos que deverão compor a ceia são peru/chester/frango (35%), lombo/pernil (26%), bacalhau (17%), frutas (15%) e 7% outros. Dos entrevistados 51% são do sexo feminino e 49% do sexo masculino; 50% são casados, 26% são solteiros; 14% tem união estável, 7,5% separados ou divorciados e 2,5% viúvos. Deles 16% tem de 18 a 35 anos; 41% de 36 e 45 anos; 27,5% de 46 a 55 anos; 13% de 56 a 65 anos e 2,5% mais de 60 anos.
Entre os entrevistados 8% têm renda familiar de um salário mínimo e meio; 45% de dois a três salários mínimos; 25% recebem entre quatro e cinco salários mínimos; 15% de seis a sete salário mínimos, 5% de oito a dez salários mínimos e 2% acima de dez salários mínimos.
Já o amigo oculto seguirá como tradição em 2020, pelo menos para 33% dos consumidores que vão presentear no Natal. É o que mostra pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com a Offer Wise Pesquisas. Segundo o estudo, o dado representa uma queda de 9 pontos percentuais em relação a 2019. Ainda assim, diante dos efeitos da pandemia, a previsão é de que cerca de R$ 5,6 bilhões sejam injetados na economia.
Estima-se ainda que 52,2 milhões de pessoas participem de pelo menos algum amigo oculto no trabalho ou na família. As principais motivações apontadas pelos entrevistados foram o fato de gostar desse tipo de celebração (53%) e considerar a brincadeira uma boa maneira de se economizar com presentes (39%). Há ainda aqueles que, apesar de entrar na brincadeira, sinalizaram não gostar desse tipo de comemoração: 17% disseram que participam para não serem vistos como antissociais.
Entre os 49% que não pretendem participar: 41% querem evitar a aglomeração de pessoas devido as restrições impostas pela pandemia, 33% não gostam da brincadeira e 22% porque parentes, amigos e colegas de trabalho não têm o costume de fazer esta brincadeira.
Metade (50%) dos entrevistados pretendem participar de apenas um evento e outros 39% de dois. Em média, os consumidores pretendem participar de 1,7 eventos de amigo oculto. A maioria (72%) realizará a brincadeira entre os familiares, seguidos daqueles que farão o amigo oculto entre amigos (36%) e colegas de trabalho (30%).
Em média, os consumidores ouvidos pretendem gastar R$ 64 com cada presente, sendo que 46% planejam desembolsar até R$ 50.
“O amigo oculto é uma maneira das pessoas presentearem sem gastar muito, não só nas confraternizações do trabalho, mas também entre os familiares”, explica o presidente da CNDL, José César da Costa.
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