“A adoção de critérios à margem do mundo científico e tecnológico para a escolha de seu dirigente” pode comprometer o “compromisso da Faperj e do estado, com a sociedade fluminense”. O alerta foi encaminhado ao governador do Estado do Rio de Janeiro, Claudio Castro, em carta de protesto contra a demissão do biofísico Jerson Lima, da presidência da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
O documento – assinado pelos ex-presidentes da Faperj, Antônio Celso Alves Pereira, Augusto da Cunha Raupp, Epitácio Brunet, Fernando Otávio de Freitas Peregrino, Maria Isabel de Castro de Souza, Pedricto Rocha Filho, Renato de Andrade Lessa, Ricardo Vieira Alves de Castro, Roberto Acízelo de Souza e Ruy Garcia Marques – também foi enviado ao secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Anderson Moraes, pedindo atenção “para o delicado caso da atual sucessão da direção da Fundação, tornado público pela imprensa”.
A exoneração de Jerson Lima e sua substituição por Caroline Alves, então presidente da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) aconteceram, recentemente. Na carta, os ex-presidentes da Faperj lembram que “foi da ciência, sobretudo por meio de novas gerações de vacinas feitas nos laboratórios de pesquisa, em tempo recorde, que emergiu a contenção” do Cotonavirus que ameaçou o mundo, durante a pandemia, e que isso fez com que a sociedade aprendesse “o valor do conhecimento científico”.
“Acreditamos, Senhor Governador e Senhor Secretário, que possam considerar tais reflexões para uma escolha que possa refletir o perfil adequado para a Presidência da Faperj”, finalizam no documento.