Cartão de crédito é o meio de pagamento mais utilizado pelo varejo de vizinhança nas compras de reposição de estoque. O dado consta em pesquisa realizada pela plataforma Compra Agora, em parceria com o Instituto Locomotiva.
“Entre os varejistas que utilizam o cartão de crédito, três em cada 10 o têm como principal meio de pagamento para comprar produtos para reposição de estoque. O cartão de crédito aparece em nossas pesquisas não só como um facilitador de acesso para o consumidor, especialmente os das classes C, D, e E, mas também como uma ferramenta para os varejistas familiares na gestão de estoques”, explica Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
O levantamento mostra que mais da metade dos varejistas (55%) usa cartão de crédito para comprar produtos que abastecem as prateleiras do estabelecimento. Os entrevistados também citam uso de cartão de débito (52%), Pix (37%), dinheiro (35%) e boleto (32%).
Entre os que utilizam boleto, 64% pagam tanto à vista quanto a prazo, dependendo da compra. Entre os 31% que usam a prazo, 37% gostariam de pagar com mais de 30 dias de prazo, mas apenas 6% dizem ter esta opção.
A pesquisa aponta também que os varejistas de vizinhança do setor alimentar estão otimistas com os rumos do seu negócio este ano: 83% acreditam que o desempenho do comércio vai melhorar nos próximos 12 meses.
Em relação a 2023, 71% avaliam que o negócio melhorou, enquanto 21% não notaram mudanças e 8% reportaram uma piora. Quando os dados de percepção são cruzados com o de expectativa, 67% dos entrevistados dizem que o negócio melhorou e vai melhorar: dentro desse grupo, 25% são especialmente otimistas, e acreditam que o negócio melhorou muito e vai melhorar muito. Este otimismo é mais acentuado entre jovens e empreendimentos localizados em favelas, com 30% e 27%, respectivamente, reconhecendo e prevendo melhoras expressivas. Por outro lado, 16% dos participantes sentiram que a situação permaneceu igual ou piorou, porém esperam por uma recuperação. Para 14%, a perspectiva é de que piorou e vai piorar, enquanto 3% acreditam que melhorou e vai piorar.
Os mais jovens têm uma perspectiva mais positiva em relação aos negócios nos próximos 12 meses. Quando os dados de percepção são cruzados com o de expectativa, 30% dos proprietários entre 18 e 45 anos dizem que melhorou muito e vai melhorar muito. Os dados mostram que os estabelecimentos localizados em bairros mais pobres são os mais otimistas: 27% ficam em favelas e comunidades, 24% estão nas periferias e 26% localizam-se nas regiões centrais.
Distribuidores, atacarejos e atacados são os canais mais utilizados para compras de reposição de estoque no setor de varejo de vizinhança do segmento alimentar, enquanto os marketplaces ganham espaço na percepção de conveniência e como canais de pesquisa de preços.
Entre os estabelecimentos procurados para reposição dos estoques, distribuidores lideram as escolhas, com 77% dos estabelecimentos recorrendo a eles, seguidos pelo atacarejo, com 73%, e pelo atacado, com 53%. O atacarejo, entretanto, se destaca como a principal opção para a reposição de estoques, sendo considerado o principal canal de compra por 40% dos varejos de vizinhança. Além disso, a procura pelo atacarejo é ainda mais marcante entre estabelecimentos que faturam até R$ 15 mil, atingindo 84%, contrastando com aqueles que faturam mais de R$ 30 mil, os quais 67% procuram pelo atacado. Os marketplaces são a opção para 23%.
Metade dos varejistas entrevistados faz cotação de preços em site ou marketplaces antes de realizar as compras. Em média, visitam três opções antes de tomar a decisão.
Foram feitas 600 entrevistas entre os dias 13 e 22 de dezembro de 2023, com proprietários (78%) ou funcionários (22%) responsáveis pela gestão comercial do varejo de vizinhança alimentar (possui até nove caixas físicos) em todas as regiões do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de 4.0 pontos percentuais. Entre os entrevistados, a maioria (49%) está na faixa etária entre 30 e 45 anos. Outros 40% têm 46 anos ou mais e 11% têm entre 18 e 29 anos. Em relação à escolaridade, 12% têm curso superior completo, 58% terminaram o Ensino Médio e 30% têm até o Ensino Fundamental.
Já dados do Banco Central em conjunto com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) mostram que o uso do Pix cresceu 74% no último ano, atingindo a marca de 42 bilhões de pagamentos, o que representa R$ 17,18 trilhões movimentados. Contudo, o cartão de crédito também apresenta cifras favoráveis. Em 2023, foram mais de 17 bilhões de operações nesse modelo, o que representa um valor de R$ 2,4 trilhões, segundo a Abecs.
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