Casa nova

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Está em andamento – por enquanto fora da luz dos holofotes – uma operação imobiliária para conseguir uma nova sede para a Eletrobrás, alojada provisoriamente num prédio no bairro carioca do Flamengo, desde que pegou fogo seu antigo pouso. A operação envolveria a venda do antigo Hotel Serrador, na Cinelândia, para fundos de pensão ligados a estatais. Atualmente, o prédio pertence a outra fundação, a Petros, ligada à Petrobras. A operação sofre forte resistência na Eletrobrás, já que alguns funcionários acham que o negócio é ruim tanto para a estatal quanto para as fundações.

Pequena expressão
De 19.796 mil empresas que exportaram em 2003, quase metade (47,9%) eram micro e pequenas empresas. No ano passado apenas 456 empresas ingressaram no mercado exterior (saldo entre as que entraram e as que abandonaram o barco). Desse saldo, 342 são micro e pequenas. Esse segmento foi o que registrou maior incremento nas vendas externas no ano passado: 30,1% em relação ao ano anterior, ante a média de crescimento das exportações brasileiras de 21,1%. Foram exportados, porém, o equivalente a US$ 1,736 bilhão, reservando às micro e pequenas empresas participação de apenas 2,4%.

Vapt-vupt
Para facilitar as vendas ao exterior, os Correios lançam o Exporta Fácil Premium, para entrega ultra-rápida de encomendas e documentos de exportação.

Microcrédito
A Organização das Nações Unidas (ONU) vai oficializar 2005 como o Ano Internacional do Microcrédito. Toda a programação deve enfatizar o papel do financiamento dos pequenos negócios na implementação de políticas de governo em parceria com a sociedade.

Espaço Publicitáriocnseg

Cartório
Lobby em ação na Câmara dos Deputados para alterar o Código Civil pode obrigar o registro dos contratos de alienação fiduciária de veículos no Cartório de Títulos e Documentos do domicílio do devedor; atualmente, é obrigatório registro apenas nos Detrans. O lobby envolve valores nada desprezíveis: cerca de R$ 124 milhões, já que, se aprovada a mudança, 2 milhões de consumidores sairão perdendo, pagando por cada registro, em média, R$ 62.

Ruim de roda
Não é apenas à recessão que se deve debitar a crise no setor de serviços. O mau atendimento e, principalmente, a esperteza também ajudam a amplificar a crise. No setor de pneus, por exemplo, o consumidor que vai a uma loja para comprar um simples pneu é alvo de insistentes tentativas de convencimento para trocar metade do carro, da rebimbela da parafuseta à suspensão marciana do veículo. A maioria dos clientes pensa duas vezes antes de voltar à loja.

Os velhinhos e a banca
O exagero interessado das previsões da equipe econômica estimava em até R$ 4 bilhões/ano a perda de arrecadação de União, estados e municípios, caso ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não tivessem sido convencidos pelos argutos argumentos do Executivo a manterem a taxação sobre aposentadorias e pensões. Vitória conquistada, a equipe econômica fica devendo projeções similares sobre os efeitos da redução da cobrança de PIS e Cofins das instituições financeiras. As duas contribuições da banca rendem R$ 5 bilhões por ano à União, apenas R$ 1 bilhão a mais que a contribuições dos milhões de velhinhos brasileiros, sempre de acordo com os cálculos dos ministros Palocci e Meirelles.

Precedente
O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita), Reynaldo Velasco Puggi, lamentou a derrota parcial dos servidores públicos na última etapa da reforma da Previdência: “O Supremo Tribunal Federal cometeu uma injustiça contra os aposentados. A derrubada de um direito adquirido pelo STF abre um precedente extremamente perigoso para a sociedade”. Puggi ressalta que seu sindicato foi o primeiro a conseguir uma liminar para que não fosse feito o desconto de seus associados. “Mas essa liminar deve cair”, lamenta.

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