Segundo levantamento da resseguradora Munich Re, 2010 foi o segundo ano com o maior volume de catástrofes (só perdendo para 2007), desde que o levantamento foi iniciado, em 1980. Em 2010, houve 960 eventos, com uma perda global de US$ 150 bilhões, sendo US$ 37 bilhões cobertos por seguro.
Furacões não foram os principais responsáveis. Vulcões e terremotos foram os vilões, juntamente com eventos atribuídos diretamente ao clima. Estes, porém, têm se mantido em níveis mais ou menos estáveis nas duas últimas décadas.
Pobre Haiti
O maior desastre foi o terremoto no Haiti, com mais de 222 mil mortos, perdas estimadas em US$ 8 bilhões – mas apenas US$ 200 milhões em seguros pagos. O terremoto no Chile provocou 520 mortes, mas o prejuízo foi recorde: US$ 30 bilhões, sendo US$ 8 bilhões bancados pelas seguradoras.
Morro abaixo
Entre as 50 maiores catástrofes, o Brasil teve duas (mais especificamente, o Rio de Janeiro: Angra, no início do ano, e Niterói e adjacências, em abril), totalizando 330 mortes e US$ 130 milhões de dólares em prejuízos. Com as chuvas do início do ano na Região Serrana do Rio, o Brasil, infelizmente, estará também na lista de 2011.
Antiburocracia
Em votação simbólica, a Câmara dos Deputados aprovou modificações na MP 507, retirando o artigo 5º, que obrigava profissionais, entre eles contabilistas e advogados, e empresas a apresentarem procuração pública para que terceiros praticassem atos perante o órgão da administração pública que implicassem em fornecimento de dados protegidos pelo sigilo fiscal.
Mata&esfola
A nova alta da taxa básica de juros (Selic) perpetrada pelo Banco Central apenas dois dias depois de a equipe econômica detalhar o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento confirma que, longe de existir no interior do governo uma batalha entre “desenvolvimentistas” e monetaristas, o país está diante de um ataque duplo ao crescimento. Nele, cabe ao BC asfixiar a economia recorrendo à alta dos mesmos juros que remuneram rentistas e explodem a dívida pública. Já à Fazenda é destinado o papel de fechar o cerco apertando o torniquete fiscal. Em linguagem mais direta, um mata e outro esfola.
Polianismo punido
A revogação da nomeação de Emir Sader para a Casa de Rui Barbosa, antes mesmo de tomar posse, reafirma para os ainda crédulos como são frágeis e tênues as razões para os que, dentro do PT, ainda conservam o pensamento crítico como Sader perseverarem na crença na existência de “um governo em disputa”.
Maduro
O Partido Verde, aliado do Fianna Fáil no governo irlandês, quase foi extinto nas recentes eleições: obteve menos de 3% dos votos. De seus atuais seis deputados, ficará com apenas um.