Cautela pré-Fomc pesa sobre Bolsas no globo

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Wall Street (Foto: divulgação)
Wall Street (Foto: divulgação)

Após operar boa parte do dia no positivo, as Bolsas europeias perderam força no fim da sessão, após as declarações de membros do Banco Central Europeu, declarando que a inflação pode superar as projeções oficiais, o que elevou a cautela com a redução de estímulos na região.

Em dia de vencimento de opções, as Bolsas de Nova Iorque fecharam em baixa, com o retorno das incertezas sobre o ritmo de retomada econômica, após a decepção com o índice de confiança do consumidor e a alta nas taxas de juros pesando sobre o setor de tecnologia.

No Brasil, a semana passada terminou com a quarta queda do Ibovespa. O cenário externo desafiador e o derretimento do minério de ferro encontraram um cenário local adverso, em meio às repercussões da elevação do IOF sobre o setor financeiro e as incertezas da PEC dos Precatórios, com o Ibovespa voltando a níveis de março.

Hoje, em sessão apagada, com feriados na China, Coréia do Sul e Japão, as Bolsas asiáticas na região fecharam em forte queda, com o Hang Seng caindo -3,0%, em meio à cautela com a situação da Evergrande. A queda nas mineradoras derrubou a Bolsa na Austrália.

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O minério de ferro não foi negociado na Bolsa de Dalian, na China. O contrato negociado em Singapura teve queda de -12%, negociado em US$ 95 na madrugada de hoje.

As Bolsas europeias sentem os temores internacionais, operando em fortes quedas, com os setores bancário e de materiais básicos liderando as perdas. A agenda não tem publicações relevantes.

As Bolsas americanas operam em queda, com os investidores se preparando para a reunião do Fed na quarta-feira (22), que deve oferecer indicações sobre o processo de retirada de estímulos. Na agenda do dia, sem dados relevantes.

No Brasil, fim de semana tranquilo no noticiário político, o que reduz os efeitos dos ventos externos, mas o clima de correção deve continuar, não só pelo efeito dos preços do minério de ferro e pela continuidade das incertezas fiscais, mas também pela cautela com as reuniões do Fomc e do Copom na quarta-feira.

Na agenda econômica, foi divulgado o Boletim Focus referente à última sexta-feira. Os destaques foram: revisão das projeções de IPCA de 8,00% para 8,35% (2021) e de 4,03% para 4,10% (2022), das projeções de PIB estáveis para 5,04% (2021) e de 1,72% para 1,63% (2022). Por fim, as projeções de taxa Selic também foram atualizadas: de 8,00% para 8,25% (2021) e de 8,00% para 8,50% (2022).

O BC ofertará 15 mil contratos (US$ 750 milhões), na rolagem dos contratos de dezembro, no leilão de swap cambial tradicional, das 11h30 às 11h40. Serão oferecidos contratos para 1º de fevereiro de 2022 e 1º de julho de 2022.

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Nicolas Borsoi

Economista da Nova Futura Investimentos

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