Ceciliano, mais 2 anos

Presidente da Alerj deve ser reeleito por unanimidade e aprovar criação de renda emergencial.

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André Ceciliano (foto: Vitor Soares/Alerj)
André Ceciliano (foto de Vitor Soares, Alerj)

A reeleição do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano, nesta terça-feira, é certa. Poucos duvidam que a chapa única será escolhida por unanimidade, sem abstenções – um fato raro, que ilustra a capacidade de articulação do deputado do Partido dos Trabalhadores. No ano passado, a aprovação da abertura do processo de impeachment do governador Wilson Witzel ocorreu por unanimidade.

Formado em Direito, André Ceciliano, 51 anos, começou cedo no mercado financeiro. Disputou a primeira eleição em 1996, quando, por apenas 16 votos, não conseguiu se eleger prefeito de Paracambi. Dois anos depois, sempre pelo PT, elegeu-se deputado estadual. Em 2000, sagrou-se nas urnas prefeito de Paracambi, cidade que governou por dois mandatos, até 2008. Voltou à Alerj em 2010 e foi eleito presidente pela primeira vez na atual legislatura (2019–2022).

No cargo, aliou o trabalho político à organização da gestão. Ano após ano, a Alerj vem economizando recursos do orçamento. As sobras são destinadas a auxiliar as combalidas finanças do Governo do Estado, melhorar a segurança ou, nos tempos atuais, colaborar no combate à Covid-19. A mudança para o novo prédio da Assembleia – os setores administrativos já estão funcionando lá – será em março e vai coroar o trabalho administrativo.

Ceciliano começa o ano com um projeto audacioso: criação de um programa de transferência de renda. A proposta é pagar R$ 200 a cada mãe carente, além de R$ 50 por filho (limite de 2 filhos). Definir o público-alvo é o desafio. Os recursos viriam de 30% de todos os fundos estaduais, algo entre R$ 3 e 4 bilhões. Um cálculo médio indicaria que poderiam ser atendidas 1,3 milhão de famílias até o final do ano. O auxílio emergencial federal foi pago a 5 milhões de pessoas no estado.

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Ainda que valor e abrangência fiquem inferiores, a importância do projeto não diminui. A Fecomércio-RJ alertou que o fim da renda emergencial trará uma forte depressão no comércio; quase 70% dos beneficiados ainda não encontraram outra fonte de renda, aponta recente pesquisa do Datafolha.

Assim, tanto pela necessidade, como pela articulação de Ceciliano, a renda emergencial estadual deve ser aprovada, se somando a iniciativas similares em Niterói e Maricá – esta, governada com sucesso pelo PT. Um alívio para o Rio de Janeiro.

 

Cálculo do expurgo

O Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador (IFGT) colocou em seu site uma calculadora para que o trabalhador tenha uma estimativa de quanto já perdeu nos últimos 21 anos e de quanto perderá nos próximos 5, caso o governo continue mantendo a Taxa Referencial (TR) como índice de atualização monetária do Fundo, que, desde setembro de 2017, é zero. O IFGT estima que 60 milhões de trabalhadores perderam R$ 500 bilhões.

 

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